Autor: Jorgio Avliss • Mentor de Relacionamentos
Matamos o nosso relacionamento quando o soterramos pelo comodismo? Com certeza!
E quando há excesso de ciúmes? É claro!
E quando há falta de tesão? Todos os dias!
Morrem por fios de cabelo encontrado nas roupas? Sem dúvida!
Mas o relacionamento morre, principalmente, porque permitimos que a vaidade nos transforme em pessoas incapazes de evitar pequenos atritos e tolerar minúsculos deslizes.
Ao contrário do que você pensa, a maioria das relações não vai a óbito por causa da descoberta de amantes ou devido a acontecimentos que fazem com que as amigas repitam diversas vezes: “eu não acredito” - A morte de uma relação, geralmente, é consequência do desgaste gerado por pequenos, porém, muito frequentes, arranhões.
Não entendeu? Serei mais claro: a expressão “não enche meu saco”, por exemplo, quando deferida somente uma vez, não parece ser muito nociva a um relacionamento. Certo? Agora pense no poder destrutivo que a mesma expressão pode adquirir se repetida mais vezes. Pensou? Agora some isso a outras atitudes estúpidas recorrentes e, sem dúvida, terá a receita perfeita para a corrosão de um laço.
Não só isso. Envenenamos as nossas relações aos poucos, em doses homeopáticas, com o empurrão dos microscópicos sapos que insistimos em não engolir. “Nem fodendo!”, berramos pisando firme e sem perceber que um simples silêncio geralmente basta para evitar microfissuras nas estruturas essenciais à relação. E sabe porque não engolimos sapinhos que desceriam facilmente goela abaixo? Por causa do orgulho. Só por isso!
Somos demasiadamente orgulhosos para perceber que, a cada vez em que nos esforçamos para transformar pequenos esbarrões em guerras, mais uma gota de sangue da relação drenamos. E assim, de picuinha em picuinha, de grito em grito, de acusação em acusação e de aspereza em aspereza, vamos minando as chances de nossas relações darem certo e sobreviverem ao nosso braço intorcível.
TEXTO: Ricardo Coiro
(https://instagram.com/jorgioavliss)
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