Nesta semana, nenhum direito está dado. Nem aqui, no Brasil, nem em lugar nenhum. Mas vamos começar por aqui, onde o técnico do Grêmio, Roger Machado, tocou numa ferida que ainda está bem aberta.
Em entrevista à agência AFP, Roger Machado voltou a abordar a questão do racismo no Brasil. Isso porque na última quarta-feira, quando o Grêmio enfrentou o Operário pela Série B, alguns torcedores insultaram a esposa e as filhas do técnico.
Roger Machado disse, então, que a escalada de casos de racismo não é obra do acaso. Segundo ele, é um comportamento autorizado por Jair Bolsonaro. Ele disse o seguinte: "Os indivíduos que estavam escondidos se sentem autorizados a se manifestar segundo as posturas e pontos de vista do líder da nação, são convergentes." Os racistas não tem mais vergonha, não se escondem mais.
As declarações de Roger Machado provocaram a fúria dos bolsonaristas, inclusive dentro do Grêmio, que nunca se incomodaram quando Renato Portaluppi elogiava Bolsonaro.
Há quem diga que Roger pode ter o posicionamento que quiser, mas que associar o racismo ao Bolsonaro não tem fundamento. Pois então convidamos o professor Maikio Guimarães, que é jornalista e doutor em Ciências Sociais para explicar onde está o fundamento.
E há quem diga que esporte e política não se misturam, então convidamos o jornalista Cléber Grabauska pra contar que não é bem assim.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, depois de quase 50 anos, a decisão da Suprema Corte que respalda o direito ao aborto legal pode ser derrubada. Além disso, a SC ainda pode acabar com as políticas de ações afirmativas nas universidades americanas.
A apresentação é de Geórgia Santos. Participam Flávia Cunha, Igor Natusch e Tércio Saccol.