Dinheiro em espécies - um retrato da criminalidade contra a fauna silvestre.
No Brasil, a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais, a RENCTAS, estima que há 38 milhões de animais silvestres retirados da fauna anualmente, sobretudo para sustentar um mercado de quase R$ 3 bilhões por ano. Nas estradas, trens e até empresas de transporte, um negócio baseado na crueldade se perpetua, com maus tratos e morte de aves, micos, cobras e outras espécies. Se por um lado a cadeia do crime enfrenta um combate cada vez mais articulado de órgãos de fiscalização e autuação, do outro, o estímulo à caça e apreensão ilegal também ganha força com redes organizadas em plataformas de mídia social, e amparadas em um discurso de facilitação do acesso às armas.
Enquanto isso, polícias, Ministério Público, Ibama e Organizações da Sociedade Civil clamam por maior conscientização e maior rigor na punição dos criminosos.