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Nesta semana, um relatório da Global Witness apontou dados preocupantes sobre assassinatos de defensores de Direitos Humanos. No Brasil, 24 ativistas foram mortos em 2019.

Deste grupo, 10 eram indígenas e nove oriundos de áreas rurais, indicador da manutenção e do agravamento da violência contra o exercício político na sociedade.

Segundo o ativista da Global Witness Ben Leather relatou ao G1, há um aumento comparado com as 20 mortes registradas no ano anterior. Mas ele destaca que esses assassinatos no Brasil representam apenas o ponto mais nítido dos riscos que os ambientalistas enfrentam no País, pois ameaças, fustigamento, criminalização e ataques contra os parentes dos defensores são comuns.

Mas a história que contamos no podcast de hoje possui um tom diferente, de reconhecimento desses movimentos. Remete a 2015, quando o professor Evandro Medeiros, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), ocupou trilhos da mineradora Vale em protesto contra o crime ambiental de Mariana (MG), que ceifou vidas humanas e não humanas. Um episódio ainda pior nos mesmos moldes viria a se repetir alguns anos depois em Brumadinho, também em solo mineiro.

Convivendo com a tensão judicial desde então, o docente afirma que a decisão, tomada em junho, foi um alívio para sua vida e para o direito coletivo de ação política.