Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Assim como o vício em cigarro, a desinformação cresce de maneira mais forte e nociva quando começa já na adolescência. Por isso, a busca pela verdade deve começar logo, com escola e mídia se unindo por uma educação midiática robusta da população.
Isso aparece de maneira clara em um evento fundamental da democracia. A menos de três semanas do primeiro turno das eleições, a imensa maioria dos eleitores já escolheu em quem votará para presidente. Isso explica por que os índices de intenção de voto se mantêm relativamente estáveis semana após semana. Mas vale questionar o quanto de tanta convicção vem de informações confiáveis e análises conscientes, e o que se deve ao processo de desinformação ou simplesmente da raiva de um ou outro nome.
Esse não é um fenômeno recente, mas se tornou determinante nesse pleito. Isso se explica pelo ápice (pelo menos até o momento) da influência das redes sociais em nossas decisões e pela histórica baixa educação midiática do brasileiro.
A solução do problema é tão mais eficiente quanto mais cedo começar. A escola e a mídia são os principais responsáveis por reverter esse quadro. Não é de se estranhar, portanto, que esses políticos combatam ostensivamente esse trabalho de professores e de jornalistas, desacreditando-os e até os agredindo.
Em um mundo em que a desinformação conseguiu levar a sociedade à beira de um precipício, aqueles que trabalham com a verdade, com a ciência, com a cidadania e com o bem comum precisam se unir para ajudar jovens e adultos e escapar do sedutor mecanismo da desinformação. A democracia não pode continuar sendo usada para destruir a própria democracia.
Convido você a ouvir esse episódio, em que trago pesquisas que ajudam a entender esse cenário e sugestões para sairmos desse atoleiro. Depois compartilhe suas ideias com a gente nos comentários.