Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Chegou a hora e a vez da inteligência artificial nas eleições. Como isso vai impactar as campanhas?
A tecnologia volta a ser protagonista na política, e não dá para ignorar isso em um mundo tão digital. Na terça, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou instruções para o pleito municipal desse ano. Os usos de redes sociais e inteligência artificial nas campanhas chamaram atenção.
Mas apesar de positivas e bem-produzidas, elas não dizem como identificar e punir a totalidade de crimes eleitorais no ciberespaço, que só aumentam. Enquanto isso, a tecnologia continua favorecendo os criminosos.
Claro que a medida gerou uma polêmica instantânea! Desde 2018, as eleições brasileiras vêm crescentemente sendo decididas com forte influência do que se vê nas redes sociais, especialmente as fake news, que racharam a sociedade brasileira ao meio. Agora a inteligência artificial pode ampliar a insana polarização que elege candidatos com poucas propostas e muito ódio no discurso.
É importante que fique claro que as novas regras não impedem o uso de redes sociais ou de inteligência artificial. Seria insensato bloquear tecnologias que permeiam nossa vida e podem ajudar a melhorar a qualidade e a baratear as campanhas, o que é bem-vindo, especialmente para candidatos mais pobres. Mas não podemos ser inocentes e achar que os políticos farão apenas usos positivos de tanto poder em suas mãos.
Infelizmente a solução para essas más práticas do mundo digital não acontecerá apenas com regulamentos. Esse é também um dilema tecnológico e as plataformas digitais precisam se envolver com seriedade nesse esforço.
O que você acha dessas medidas: elas ajudam ou atrapalham? Serão efetivas? E qual deve ser o impacto da IA nas campanhas e nos seus resultados?