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Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Tem uma turma de entusiastas em inteligência artificial que quer acelerar sem parar seu desenvolvimento, sem medo que ela possa “derrapar”!

Nesse ano, a IA deixou de ser um interesse da elite tecnológica e conquistou o cidadão comum, virando tema até de conversas de bar. Muita gente agora a usa intensamente, criando tanto coisas incríveis, quanto enormes bobagens. E isso gerou uma excitação em torno da tecnologia.

Isso pode parecer emocionante, mas esconde um tipo de deslumbramento quase religioso que de vez em quando brota no Vale do Silício, a meca das big techs.

Um movimento especificamente vem fazendo bastante barulho com essa ideia. Batizado de “Aceleracionismo Efetivo”, ele defende que a inteligência artificial e outras tecnologias emergentes possam avançar o mais rapidamente possível, sem restrições ou regulamentações.

Eles desprezam pessoas que chamam de “decels” e “doomers”, aquelas preocupadas com riscos de segurança vindos de uma IA muito poderosa ou reguladores que querem desacelerar seu desenvolvimento. Entre eles, está Geoffrey Hinton, conhecido como o “padrinho da IA”, que no dia 1º de maio se demitiu do Google, para poder criticar livremente os caminhos que essa tecnologia está tomando e a disputa sem limites entre as big techs, o que poderia, segundo ele, criar “algo realmente perigoso”.

Como de costume, radicalismos de qualquer lado tendem a dar muito errado. A verdade costuma estar em algum ponto no meio de caminho, por isso todos precisam ser ouvidos. Então, no caso da IA, ela deve ser regulada ou seu desenvolvimento deve ser liberado de uma forma quase anárquica?

Nesse episódio, eu apresento os pontos de vista dos que defendem a aceleração e os que querem uma regulamentação, além de tecer meus comentários sobre o tema. E você, o que pensa sobre isso?