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Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
O brasileiro se gabava de ser o povo mais feliz do mundo!

Éramos acolhedores até com estranhos e levávamos a vida de forma leve e bem-humorada, mesmo diante de adversidades do cotidiano. Vivíamos na orgulhosa pátria das chuteiras, do samba, do suor e da cerveja. Mas olhando a nossa volta, parece que isso ficou no passado. Muitas coisas explicam essa queda, mas algo sorrateiro tem um papel decisivo nesse entristecimento: a aceleração descontrolada de nossas vidas pelo meio digital.

Segundo o Relatório de Felicidade Mundial 2024, organizado pela consultoria Gallup, pela Universidade de Oxford e pela ONU, o Brasil amarga uma melancólica 44ª posição no indicador de nações felizes, de um total de 143, logo depois da Nicarágua e da Guatemala. Pelo sétimo ano seguido, o país mais feliz do mundo foi a Finlândia. Aliás, o norte da Europa domina a lista, com as primeiras posições completadas por Dinamarca, Islândia e Suécia.

Cada um sabe “onde aperta seu calo”. Entre outras questões, os brasileiros ficaram tristes pela violência, pela corrupção, pela política suja, pelo acesso precário a serviços básicos e pela instabilidade econômica, que leva a um medo constante de perder o emprego. Mas o nosso profundo apreço pelas redes sociais semeou em nós uma permanente insatisfação, que nos torna ansiosos e substitui muitos bons valores por insanas e contínuas buscas, como riqueza fácil com “jogos de tigrinhos” e afins.

Não dá para ser feliz enquanto se estiver insatisfeito! Obviamente temos que buscar nosso crescimento, mas precisamos resgatar o controle de nossas vidas, valorizando aquilo que verdadeiramente nos faz avançar. As redes sociais nos estimulam o tempo todo, de uma maneira que nosso cérebro não mais consegue lidar com tanta informação. Enquanto não percebermos como somos manipulados digitalmente, não sairemos desse quadro desolador.

Então o que devemos fazer para escapar? É sobre isso que falo nesse episódio! E você, o que sugere?