Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
O “apagão cibernético” que deixou o mundo em pânico na sexta deveria nos fazer refletir sobre como nos tornamos uma sociedade dependente de dados, mas como não tomamos os devidos cuidados para garantir isso.
Ele não resultou de um ataque terrorista ou de uma elaborada ação de hackers mercenários. Veio de uma prosaica falha na atualização do software de uma única empresa. E assim escancarou quão frágil é a infraestrutura digital em que depositamos nossas vidas.
O que podemos aprender com esse problema titânico?
A crise demonstrou que confiamos muito nos sistemas que gerenciam os serviços que usamos, e como as empresas estão pouco preparadas para continuar operando diante de uma falha crítica, mesmo resultando de um problema simplório, como nesse caso.
Ele aconteceu por um dos maiores benefícios do mundo moderno, que é a de termos serviços digitais constantemente atualizados e operando na “nuvem”. Apesar de trazer benefícios inegáveis em custos e em (ironicamente) estabilidade, essa configuração também pode fazer uma falha desastrosa se espalhar rapidamente, como nesse caso.
E pensar que a Internet nasceu em 1969 por encomenda de militares americanos, que queriam uma rede descentralizada, em que, se alguns computadores fossem destruídos por um ataque soviético, os outros continuariam funcionando. Agora a pane de sexta esclareceu que atacar a infraestrutura digital é a forma mais rápida e eficiente de submeter qualquer nação, algo explorável em guerras e chantagens.
O “apagão” nos lembrou também que apesar de acharmos que a Internet é algo etéreo, ela depende de fazendas de servidores, que consomem quantidades absurdas de energia. Além disso, intermináveis cabos físicos transmitem um volume colossal de dados, até mesmo cruzando oceanos pelos seus leitos.
Então como podemos nos proteger de outra crise assim? É sobre isso que falo nesse episódio.
E você, se sente preparado? Faz um uso responsável dos dados seus e dos seus clientes?