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Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Chegamos a um ponto em que podemos nos tornar seres antissociais pela influência de plataformas que se dizem “sociais”.

Suprema ironia, ela caminha de mãos dadas com a eleição presidencial mais estranha de nossa história, que acontecerá em dois meses. Apenas dois candidatos têm chance de ir ao segundo turno. A vitória deve ser decidida por quem as pessoas não querem no cargo ao invés de quem elas querem. E ela representará o clímax da influência das redes sociais em nossas escolhas, um movimento global iniciado há cerca de uma década.

Esse poder das redes sociais sobre o que e como pensamos vai muito além de aspectos políticos, e vem deformando a sociedade. Essas plataformas têm uma capacidade sem precedentes de identificar nossas preferências e nos empurrar para extremos que, na prática, nos afastam das outras pessoas. E isso é tão mais verdade, quanto mais o assunto mexe com nossas paixões e valores, como política, religião e até futebol.

Tal ironia é digna de George Orwell. Sua obra-prima “1984” vira “café pequeno” diante da distopia que essas redes oferecem ao mundo.

Sempre fomos um povo conhecido pela cordialidade, união e alegria. Infelizmente, esses traços de nossa cultura parecem ter sido soterrados por um discurso de ódio e de exclusão generalizado.

As redes sociais permitiram ser usadas por grupos que se beneficiam dessa desunião social. Agora elas precisam trabalhar duro para reverter esse quadro que criaram, e andam fazendo muito pouco nisso.

Nós também temos um papel fundamental nisso. Para entender qual é, convido você a ouvir esse episódio. E depois deixe nos comentários como vê esse cenário social criado pelas redes.