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Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Você gostaria de ter a sua disposição algumas das tecnologias de “Black Mirror”, que praticamente dão “superpoderes” a seus usuários, mesmo que isso possa lhes trazer algum risco?

Se a reposta for positiva, prepare-se, pois a inteligência artificial pode fazer algo parecido àquilo se tornar realidade em breve, com tudo de bom e de ruim que oferece.

A série britânica, disponível na Netflix, ficou famosa por mostrar uma realidade alternativa ou um futuro próximo com dispositivos tecnológicos incríveis, capazes de alterar profundamente a vida das pessoas. Mas, via de regra, algo dá errado na história, não pela tecnologia em si, mas pela desvirtuação de seu uso por alguns indivíduos.

Os roteiros promovem reflexões importantes sobre as pessoas estarem preparadas para lidar com tanto poder. Com as novidades tecnológicas já lançadas ou prometidas para os próximos meses, os mesmos dilemas éticos começam a invadir nosso cotidiano, especialmente se (ou quando) as coisas saírem dos trilhos.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925 – 2017) era mesmo o filósofo de nosso tempo, com obras como “Modernidade Líquida”, “Amor Líquido” e “Vida Líquida” Não viveu para experimentar a IA ou dispositivos potencializados por ela, mas seu pensamento antecipou como tudo se tornaria descartável e efêmero na vida, nos relacionamentos, na segurança pessoal e coletiva, no consumo e no próprio sentido da existência.

Nesse episódio, eu apresento alguns desses dispositivos e o que podem fazer. Mas diante de problemas inusitados (para dizer o mínimo) que começamos a enfrentar graças a eles, quem deve ser responsabilizado: os clientes, pelos seus usos inadequados, ou seus fabricantes, que não criaram mecanismos de segurança para conter isso?