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Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Se você acha que a influência da inteligência artificial na cibersegurança não afeta você pessoalmente, pense de novo!

Claro que as manchetes de invasões a grandes empresas são mais vistosas. Por exemplo, no dia 2 de julho, o Brasil acordou com a notícia do maior crime digital da sua história: o ataque à C&M Software, que desviou pelo menos R$ 800 milhões de instituições financeiras conectadas ao Pix. Não houve violação ao sistema, pois os criminosos fizeram as transferências usando credenciais legítimas de um prestador de serviços.

Isso demonstra que a cibersegurança não pode mais se limitar à proteção da estrutura de TI, precisando envolver pessoas, dados e processos. A IA destaca ainda mais o tema, que deve ser visto como um pilar dos negócios.

Essas foram algumas das principais conclusões da Conferência Gartner de Segurança e Gestão de Risco, que aconteceu na semana em São Paulo. A mensagem central do evento foi que gestores não podem ignorar ou combater a euforia em torno da IA, e sim usá-la como motor de mudanças planejadas. Tanto que, segundo a consultoria, até 2026, metade dos executivos de alto escalão deverá ter indicadores de performance em cibersegurança atrelados aos seus contratos de remuneração, e isso não se restringe aos líderes de tecnologia.

Não dá para ser diferente. Os bandidos já usam a IA para sofisticar seus ataques, como na adoção de agentes de IA que imitam o comportamento humano para burlar proteções de segurança. Assim, a IA automatiza ameaças em grande escala.

Agora, preste atenção: com a “Internet dos humanos” evoluindo para dispositivos ligados às pessoas (e eventualmente controlando funções vitais, como um marcapasso conectado), hackers poderão ameaçar vidas remotamente.

Nesse cenário, a preocupação não deve ser se estamos seguros, e sim se estamos tomando medidas adequadas para mitigar ameaças dentro do nosso apetite de risco.

Mas você sabe fazer o que precisa?