Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Como a recente briga do New York Times contra a Microsoft e a OpenAI pode definir como nos informaremos no futuro e impactar consideravelmente a saúde da democracia no mundo todo? Acontece que o processo aberto pelo jornal no dia 27 contra as duas empresas de tecnologia pode balizar a qualidade do que a inteligência artificial oferecerá a todos nós. E nós a usaremos cada vez mais!
O jornal afirma que seu conteúdo vem sendo usado para treinar as plataformas de IA, sem que seja remunerado ou sequer tenha autorizado esse uso, o que é verdade. Enquanto isso, essas plataformas rendem bilhões de dólares a seus donos.
Desde que o ChatGPT foi lançado no final de 2022, as pessoas vêm usando a IA para trabalhar, estudar e se divertir, acreditando candidamente em suas entregas. Sua precisão e seus recursos para evitar que produza e dissemine fake news dependem profundamente da qualidade do conteúdo usado em seu treinamento.
O New York Times e outros grandes veículos jornalísticos são, portanto, algumas das melhores fontes para garantir uma entrega mais confiável aos usuários.
O problema é tão grave que, no dia 10, o Fórum Econômico Mundial indicou, em seu relatório Riscos Globais 2024, que informações falsas ou distorcidas produzidas por inteligência artificial já representam o “maior risco global no curto prazo”.
Nesse ano, dois bilhões de pessoas participarão de eleições no mundo, inclusive no Brasil, e a IA já vem sendo usada para aumentar a desinformação nas campanhas. Por aqui, o Tribunal Superior Eleitoral busca maneiras de regular seu uso no pleito municipal de outubro, uma tarefa muito complexa.
Por isso, é fundamental que os bons produtores de conteúdo e as big techs encontrem formas de melhorar essas plataformas respeitando os direitos e remunerando adequadamente os autores.
Para entender melhor como todos esses elementos se entrelaçam e impactam decisivamente nossa vida, convido você a ouvir esse episódio. E depois deixe suas ideias nos comentários.