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Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Você já imaginou que a reação da mídia para proteger seu conteúdo do ChatGPT pode favorecer as fake news?

Nas últimas semanas, diversas empresas de comunicação impediram que seus conteúdos continuassem sendo usados para alimentar o ChatGPT. Elas argumentam –com razão– que seus produtos têm valor e que não estão sendo remuneradas pela melhoria que proporcionam involuntariamente à plataforma geradora de textos por inteligência artificial da OpenAI.

Entre os que decidiram promover o bloqueio, estão os jornais americanos The New York Times e The Washington Post, o britânico The Guardian, a rede de TV CNN, as agências de notícias Reuters e Bloomberg, além de diversos veículos europeus. Até a gigante de e-commerce Amazon decidiu fechar a porta para esse robô.

Apesar de seus argumentos legítimos, essa decisão pode favorecer a desinformação em um futuro breve. Os sistemas de inteligência artificial generativa tornaram-se um enorme sucesso, e as pessoas devem usá-los cada vez mais. Em uma situação extrema em que todos os produtores de bons conteúdos os neguem a essas plataformas, elas poderiam ficar restritas a sites dedicados a fake news e outros tipos de conteúdo de baixa qualidade para “aprender o que dizer” aos seus usuários.

Nesse cenário, o público poderia passar a consumir e a replicar o lixo desinformativo, em uma escala ainda maior que a já vista nos últimos anos. Seria terrível para o jornalismo –que luta para combater isso– e para a sociedade como um todo.

Então o que os veículos podem fazer para proteger seu conteúdo e evitar que a IA se transforme em uma ferramenta de fake news? Será que ela, de alguma forma, ameaça o próprio jornalismo? É sobre isso que falo nesse episódio.

E você, acha que a OpenAI ficar coletando conteúdos de todo mundo sem pagar nada para “treinar” seu ChatGPT é legítimo ou um abuso?