Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Na noite de sexta, durante uma aula de meu curso de Customer Experience na PUC-SP, uma aluna levantou o debate de que já não bastaria ser um bom profissional: todo mundo agora precisaria ser também um “influenciador” para ser valorizado pelo mercado.
Talvez isso ainda não seja determinante para se conseguir um emprego, mas quem faz sucesso nas redes sociais de fato anda sendo supervalorizado, a despeito de suas qualificações profissionais.
Isso vem provocando distorções reais e preocupantes. Entre elas, profissionais com pouca experiência ou formação deficiente podem efetivamente ocupar o espaço de pessoas mais bem preparadas para suas funções, se aparecerem bem online.
A curto prazo, isso resulta em entregas piores aos clientes. A médio prazo, isso pode desestimular o investimento em uma boa formação profissional. A longo prazo, perde toda a sociedade, que pode se acostumar com um patamar inferior de qualidade em produtos e serviços.
Mas muita gente acha que ser influenciador digital é um caminho fácil e rápido para o sucesso. Não é de se estranhar, então, que o Brasil já tenha 500 mil deles. Somos o segundo país do mundo nesses profissionais, quase empatando com os EUA. Já existem por aqui mais influenciadores que dentistas e engenheiros civis e aproximadamente o mesmo que médicos.
Influenciadores não devem ocupar o espaço de pessoas capacitadas nas diferentes áreas, mas sim realizar o que fazem tão bem: apresentar produtos de maneira simples a seus públicos. Se eles forem profissionais formados nas respectivas áreas e ainda tiverem a capacidade de influenciar multidões, melhor ainda!
E você, sente que influenciadores estão ocupando um espaço maior que o devido no seu mercado? Entenda melhor esse quadro ouvindo esse episódio, e depois deixe suas percepções nos comentários.