Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
A Índia inaugurou a era da política com inteligência artificial.
O resultado das eleições sempre esteve ligado ao uso das tecnologias da época. A TV era fundamental para a vitória até 2018, quando foi suplantada pelas redes sociais, críticas para definir os pleitos desde então.
Mas agora elas podem perder esse posto para a inteligência artificial. E a Índia, que acabou de realizar a maior eleição do mundo, demonstrou como dominar essa tecnologia ficou essencial para os candidatos.
A IA na política não se resume a criar deep fakes para desmoralizar adversários ou se valer do ChatGPT para compor peças publicitárias, legítimas ou falsas. Como alguns candidatos indianos demonstraram, ela pode desenvolver canais inovadores e personalizados com os eleitores. E isso parece até uma boa ideia!
Se a IA fornecesse a atenção que nenhum candidato humano conseguisse dar, atendendo cada cidadão individualmente, isso poderia até fortalecer a democracia. Mas o problema do uso da IA na política é o mesmo do seu uso em qualquer atividade: abusos de seus recursos para produzir resultados imprecisos, imorais e ilegais, para assim, mais que convencer, manipular multidões e vencer uma eleição.
No final, a IA maximiza a índole de quem a usa. E infelizmente a classe política tem sido pródiga em apresentar pessoas com uma moral rasteira, dispostas a pisotear a ética e usar todos os recursos para vencer.
Por isso, devemos olhar para o que aconteceu na Índia e aprender algo com aquilo. Se um bom uso da IA pode fortalecer a democracia, seu mau uso pode colocá-la em seríssimo risco!
Isso vale para a Índia, para os EUA e qualquer outro país, inclusive o Brasil. Teremos eleições municipais em outubro. Por isso, é hora de aproveitar o que há de bom e redobrar a atenção para os usos nocivos da IA! É assim que a política será feita de agora em diante.
Como você vê a entrada da IA na política? É disso que trato nesse episódio.