Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Se a inteligência artificial generativa pode nos influenciar muito (sim, ela pode!), quem deve comandar a IA?
Essa é uma tecnologia diferente de tudo criado antes dela. Ao contrário de ferramentas mecânicas ou digitais, que nos ajudam a realizar melhor as mais diversas tarefas, a IA se propõe a “entregar o trabalho pronto”.
Se por um lado isso é realmente incrível, por outro exige que sejamos muito criteriosos sobre o criador das plataformas que usarmos e sobre suas produções.
Tudo porque essa tecnologia pode efetivamente, a longo prazo, alterar a maneira como pensamos e encaramos o mundo! O problema é que as pessoas não têm consciência disso, e usam essas plataformas despreocupadamente.
Não proponho que os responsáveis por esses sistemas tenham uma motivação maquiavélica de domínio do mundo. Mas as respostas da IA generativa não apenas trazem o conteúdo das fontes usadas em seu treinamento: também refletem a maneira de falar, a cultura e até os valores dos países que mais contribuíram para tal treino. No momento, isso cabe à Europa Ocidental e principalmente aos EUA, pelo simples fato de a maior parte do conteúdo na Internet ter essas nações como origem.
Isso pode mudar em pouco tempo! Países do Oriente, especialmente a China, investem pesadamente e com regras muito mais frouxas para criarem suas próprias IAs generativas, treinadas com seu conteúdo e sua visão de mundo.
No último dia 25, Sam Altman, cofundador e CEO da OpenAI (criadora do ChatGPT), publicou um artigo no The Washington Post questionando qual país deve controlar o futuro da IA. Apesar do tom desbragadamente ufanista em favor dos EUA, ele faz provocações válidas.
Afinal, a nação que dominar a IA dominará o mundo! E isso não pode ser ignorado.
Qual é o nosso lugar nessa nova ordem mundial? Qual é a melhor maneira de usarmos a IA, sem sermos muito influenciados por ela? É sobre isso que falo nesse episódio.
E você, já tinha pensado nisso tudo?