Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
A desinformação pode matar!
No dia 16, Any Awuada, pseudônimo de Nayara Macedo, ganhou grande destaque nas redes sociais por um vídeo em que disse que não engravidaria do jogador Neymar, com quem afirmou ter tido relações sexuais no Carnaval, por ter urinado logo após o sexo. Adultos se relacionam como e com quem quiserem. Mas afirmar, em um vídeo visto por milhões, de pessoas que a urina impede uma gravidez é uma irresponsabilidade inominável, pois muita gente acreditará nisso e passará a usar o próprio xixi como método anticoncepcional, o que evidentemente é falso.
Esse é só um exemplo recente da pilha interminável de mentiras que se acumulam nas redes sociais, mas que podem passar a ser encaradas como verdadeiras, pela visibilidade digital de seus autores. Alguns promovem os engodos por convicção, outros fazem por ignorância. Mas há também aqueles que pisoteiam a verdade porque têm interesses por trás daquilo, normalmente econômicos ou políticos.
O maior exemplo de embusteiro compulsivo beneficiado pelo meio digital é o atual presidente dos EUA, Donald Trump, amplamente conhecido por mentir despudoradamente para atingir seus objetivos. Apesar de, como líder da nação mais poderosa do mundo, estampar as manchetes de veículos de comunicação o tempo todo, ele continua usando o meio digital para espalhar suas desinformações mais absurdas, escapando do crivo dos jornalistas.
A enorme penetração das redes sociais, a falta de responsabilização dessas plataformas por ativamente promoverem mentiras, e os maus exemplos de governantes e celebridades continuam esgarçando o tecido social e criando novas gerações de propagadores de desinformação, que veem nisso uma forma de ascensão pela fama e pelo dinheiro. E as consequências sociais são gravíssimas.
Não se trata só de gravidez ou política. A desinformação pode afetar severamente a saúde da população e até matar, como eu explico nesse episódio.
E você, o que faz para se proteger das mentiras digitais?