Pílula de cultura digital para começarmos a semana.
Desde o dia 7, o mundo assiste horrorizado à mais recente escalada da violência em Israel e na Palestina, deflagrada pelo ataque dos terroristas do Hamas, que cobrou milhares vidas dos dois lados até agora. Mas esse conflito não está acontecendo apenas na região da Faixa de Gaza: ele invadiu o mundo todo a partir das redes sociais, em uma guerra de versões recheada de palavras e imagens aterrorizantes.
Isso vem servindo de munição para grupos políticos e ideológicos que inescrupulosamente usurpam a barbárie para impor sua visão de mundo. Essas mensagens invadem nossas vidas a partir de computadores e celulares, inflamando pessoas que sequer entendem o que está acontecendo no Oriente Médio. Isso aumenta ainda mais a dor daquele confronto interminável, movido pelo ódio e pela intolerância dos radicais de ambos os lados.
Guerras não são ganhas apenas no campo de batalha: os vencedores também precisam conquistar corações e mentes da opinião pública. Desde a Primeira Guerra Mundial, isso vem acontecendo de maneira cada vez mais intensa e rápida, com o avanço da imprensa e da tecnologia. Mas a também horrenda invasão russa na Ucrânia inaugurou um novo tipo de "cobertura", feita diretamente do front por combatentes, assim como pela população civil, com seus celulares. A fase atual do conflito israelo-palestino cristalizou isso.
Nesse fogo-cruzado ideológico e digital, as pessoas são praticamente forçadas a escolher um lado. Como palestinos e israelenses possuem seus argumentos, é importante desqualificar o inimigo, para angariar a simpatia internacional. Mas como a maioria da população não tem acesso a informações confiáveis e equilibradas, o que poderia ser um debate construtivo em busca da paz se torna uma arena de insultos.
Aqui o conflito não faz mortos como lá, mas o tecido social fica esgarçado pela ignorância! Temos que escapar dessa armadilha e buscar o caminho da paz. É sobre isso que falo nesse episódio.
E você, como acha que devemos nos portar diante dessa barbárie?