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MINUTO LEITURA: Admirável Mundo Novo

"A maioria dos homens e mulheres crescerá para amar sua servidão e nunca sonhará com a revolução." – A frase é uma das citações que marcam o pensamento de toda a obra em “Admirável Mundo Novo”, escrita pelo inglês Aldous Huxley em 1931. A história nos conta a respeito de um futuro sombrio para a humanidade, um momento em que a tecnologia é extremamente avançada influenciando e interferindo na própria vida humana – tanto, que todas as pessoas são geradas em laboratório e não mais pelas relações pessoais.

Considerado um dos maiores intelectuais do século XIX, Aldous Huxley estudou medicina, filosofia e literatura, além de ter servido ao exército durante a primeira Guerra Mundial. Apesar de não ter sido premiado com o Nobel de Literatura, seu nome foi indicado sete vezes. E todo esse conhecimento não foi desperdiçado em suas obras, tendo em “Admirável Mundo Novo” seu maior expoente. O livro traz uma linguagem simples, mesmo que tenha conceitos mais rebuscados em certos trechos que aliam a ficção científica ao debate da condição humana, seu livre-arbítrio e sua moralidade.

Nessa distopia, o principal tema é preocupação ideológica com a liberdade individual em detrimento ao autoritarismo do Estado. No livro, toda a população é condicionada biológica e psicologicamente para servir da forma mais submissa possível a uma sociedade baseada em castas. Isso quer dizer um controle extremo para que cada pessoa tenha seu lugar específico para servir sem disposição em inovar. Para isso o governo conta uma droga chamada “Soma”, que oferece tranquilidade, sentimentos de alegria e anestesia mental. Como um personagem do livro diz, “soma é o que eles precisam quando tempos difíceis querem abrir seus olhos”.

Por Janary Damacena.