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MINUTO LEITURA: O velho e o Mar

A dica de hoje, é sobre um pescador em idade avançada, sozinho no mar por alguns dias. Apenas os sentimentos de solidão e inabalável confiança na vida se mantinham como companheiros fiéis de jornada. Suas angústias, dores e banais alegrias agitam um turbilhão de pensamentos enquanto interage com a natureza marinha. Essa e a temática central do livro “O velho e o mar”, publicado em 1952 pelo norte-americano Ernest Hemingway, que dois anos depois seria premiado com o Nobel de literatura.

Como um tipo de narração alusiva aos romances heroicos da antiga Grécia, a descrição vívida e de palavras certeiras, apesar de econômicas, se deve muito ao hábito jornalístico de Hemingway, uma vez que suas habilidades foram talhadas no ofício de repórter de jornal impresso. Considerado seu livro mais famoso, em pouco mais de cem páginas, é impossível não ser tomado por uma empatia imediata com o velho Santiago, um humilde trabalhador braçal que pesca em um pequeno bote no meio do mar com toda sua força de vontade e persistência.

Sua luta é travada em meio ao oceano, por muito tempo, contra um enorme peixe-espada. A todo o momento é nítida a desvantagem que o velho leva em relação ao vigoroso peixe, mas sua ingênua valentia em enfrentar as forças da natureza faz desse embate algo mais grandioso do que a mente consegue captar em um primeiro instante, tal qual é a literatura de Hemingway. O que segue é sagacidade do pescador colocando em prática todo seu conhecimento e expertise até que não exista diferença de força entre os dois. E é nesse momento que você vai perceber que também fora fisgado pelo velho e sua história.