Será que antes de o mundo ser o que é e como é hoje, havia a desigualdade de gênero que conhecemos hoje? Angela Davis nos dá pistas, em Mulheres, Raça e Classe:
“a desigualdade sexual, como a conhecemos hoje, não existia antes do advento da propriedade privada” e continua depois nos explicando que “a ideologia do século XIX estabeleceu a dona de casa e a mãe como modelos universais de feminilidade. Como a propaganda popular representava a vocação de todas as mulheres em função dos papéis que elas exerciam no lar, mulheres obrigadas a trabalhar em troca de salários passaram a ser tratadas como visitantes alienígenas no mundo masculino da economia pública”, mas alerta, “ao contrário das mulheres brancas que aprenderam a se apoiar no marido para ter segurança econômica, as esposas e mães negras, geralmente também trabalhadoras, raramente puderam dispor de tempo e energia para se tornar especialistas na vida doméstica”. E o que pode parecer uma dicotomia é, na verdade, uma fórmula muito bem amarrada para manter a todo vapor o sistema vigente.
Aqui mesmo, na Louva a Deusa nós já conversamos inúmeras vezes sobre feminismo e capitalismo. Às vezes até na mesma conversa. Então, qual seria o ponto de encontro, ou melhor, desencontro entre eles?
Hoje, a nossa conversa vai tentar ampliar os horizontes pra você, insetinha. Te convido a pegar o seu caderno, sua xícara de café e acompanhar essa conversa com a gente sobre feminismo e o projeto anticapitalista. Vamos juntas?
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CRÉDITOS
Convidada: Letícia Parks (@pretaparks)
Apresentação e Produção: Sofia Menegon
Roteiro: Letícia Silva
Edição: Thais Ramos