De boleadoras e gauchos – Tiago Cambona
Povo indio, cria da terra
Homens livres de peito nú
Os verdadeiros filhos de nhanderú
Charrua Pelo duro, Melenas ao vento
Índio forte, grande guerreiro
Apyaba Mbareté Guariní Guassu
Guerreiros, caçadores de nhandú.
Caçada de Nhandu, Boleadoras às mãos, Nhanduzera no ar
Preparados estão, pois o bicho emboscado não pode escapar
Caça e caçadores no enfrentamento mortal
Para o povo charrua o nhandú vira alimento afinal.
Guarani, Índio guapo missioneiro
Dono da terra vermelha ancestral
Identidade patrimônio cultural
Valente, honrado, Guaraní homem guerreiro.
Na defesa do seu povo do homem branco
Empunhou a boleadora, bola perdida
Única bola, boleadeira voadora
Pra proteger-se do ataque do inimigo.
As três marias, que foram usadas por gauchos
Araganos, Tauras e Guapos
No tombo do gado campeiro.
Esse gaúcho, filho do índio com branco
Do Europeu com Pampeano
Do nosso chão o herdeiro.
Desse Rio Grande, o gaúcho tornou-se cultura
Daquela pampa índia nua
Se fez folclore e paixão.
Teu povo canta e dança a tua história
E a alma “Piá” revigora
Cada passo uma nova emoção.
São as 3 boleadeiras do tempo
São as 3 boleadeiras da história
Nhanduzera, Bola Perdida
Três Marias, boleios de glória.