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A deputada estadual Leninha (PT) defendeu, em entrevista ao Café com Política, a necessidade de unir o PT após a disputa pelo diretório estadual. Para a parlamentar, eleita como nova presidente do partido em Minas Gerais, é hora de “baixar a poeira” e construir uma composição. “O mais importante, na minha avaliação como presidenta do PT, é que as pessoas que venham, venham somar. Não podemos ter postura de boicote”, afirmou a deputada.

Durante a entrevista, Leninha afirmou ainda que a ausência de representantes do PT mineiro no primeiro escalão do governo Lula foi consequência da falta de unidade da sigla no estado. “A Macaé hoje está lá, mas é um mérito dela, não do partido. [...] Minas Gerais ficou de fora — coisa que nunca aconteceu em governos anteriores.”

Questionada sobre alianças e a necessidade de negociações no Congresso, a deputada reconheceu que o ideal seria não depender do Centrão, mas ponderou que a realidade da governabilidade exige equilíbrio. “O Centrão sempre esteve presente na política. A gente deveria banir o Centrão. Mas, em nome da governabilidade, [...] você recua, você avança”, analisou.

Sobre as eleições de 2026, Leninha garantiu que o PT de Minas Gerais pretende disputar espaço na chapa majoritária. Para a nova presidente da sigla no estado, ainda falta uma sinalização do senador Rodrigo Pacheco sobre sua disposição em disputar a eleição. “A gente percebeu que há sinais mais visíveis de que ele topa vir disputar o governo de Minas. Mas nós precisamos confirmar essa posição dele”, pontuou.

Caso a candidatura de Pacheco não se concretize, Leninha avalia que o PT tem nomes fortes para liderar um projeto majoritário. “Se não for com o Pacheco, vamos iniciar o processo de discussão sobre o nome que a gente vai trabalhar.” Ela cita Marília Campos, Margarida Salomão, Reginaldo Lopes e Patrus Ananias como alternativas.

A deputada também falou sobre a possibilidade de ampliação da federação entre PT, PCdoB e PV. Segundo ela, há conversas em andamento com partidos da base de Lula. “Há boatos de uma ampliação dessa federação com o PSB, com o PDT. [...] Pode ser que essa configuração altere no ano que vem, mas ampliando, mais do que reduzindo.”