Listen

Description

Hoje usamos o silêncio para provar que nem sequer são precisas palavras faladas para entender os outros.

Vamos Descodificar a Linguagem do Corpo.

É tempo de recuperar uma das conversas mais intrigantes e fascinante que tive para o Pergunta Simples.

Uma conversa com Alexandre Monteiro, um especialista em linguagem corporal e comunicação não verbal.

E eu tive um vislumbre sobre como os gestos podem falar mais alto que as palavras.

Alexander Monteiro é o autor do livro "Os segredos que o nosso corpo revela" e durante a conversa, ele nos conduziu por um caminho de descoberta onde aprendemos que o poder da linguagem não verbal na comunicação é inegável.

A discussão foi além, explorando o universo das mentiras e do poder do contacto visual. Aprendemos que a nossa resposta a uma pergunta é formada antes mesmo de a verbalizarmos e que mentir pode ser mais cansativo do que dizer a verdade. E todos temos um "radar” para detetar mentiras.

A conversa atingiu o seu auge quando exploramos a importância dos gestos em situações de negociação e a complexidade do beijo como um gesto de comunicação.

E ficam alguns conselhos para quem está à procura de emprego e precisa de se preparar para a habitual entrevista de seleção. Não basta apenas olhar e rever o resumo curricular, mas pode ser útil pensar igualmente na maneira como usa a sua à linguagem não verbal.

Alexander Monteiro oferece um conjunto de ferramentas valiosas para melhorar a nossa comunicação e leitura de gestos.

É uma conversa repleta de pistas e conhecimentos preciosos que não quererá perder!

No final, ficou claro que a linguagem corporal é uma forma poderosa de comunicação que todos usamos, muitas vezes sem nem mesmo perceber.

Se quer tornar-se um comunicador mais eficaz, entender a linguagem corporal e a comunicação não verbal é um excelente ponto de partida.

LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO

TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA

JORGE CORREIA
Ora Viva-o. Bem-vindos ao Pregunta Simples, o Vosso Podcast sobre Comunicação. Esta edição tem como o tema principal os gestos e a maneira como lemos os outros num relance, apenas pela maneira como olham ou como se mexem Por falarem gestos. Basta um simples clica no site para se poder juntar a esta comunidade. Eu agradeço desde já aqueles que subscreveram ou partilharam com os amigos. É tudo gratuito Na página PreguntaSimplescom. Tem todos os episódios e ligações para as melhores aplicações do TeleMóvel que descarregam automaticamente cada novo episódio que for publicado.

Falar de gestos, numa espécie de programa de radio, é uma experiência radical. Não vão ver nada, só imaginar, e por isso mesmo preciso mais do que nunca da vossa ajuda. Hoje o tema de conversas, já perceberam, é a linguagem corporal. O corpo fala e fala primeiro do que a voz. E aprender a descifrar a linguagem corporal é todo o Mard. Quem souber o seu apcedário tem uma porta aberta para entender melhor os outros. Alexander Monteiro é um descifrador de pessoas, mistura saberes teóricos, com experiências documentadas como a da vida e trabalho dos espiões. Escreveu o livro Os segredos que o nosso corpo revela, uma espécie de manual de instruções para ler o movimento dos corpos, para ler os outros. A sugestão para confessar que o Alexander veio da minha mulher, psicóloga de formação e profissão, e como eu não conheci até agora o trabalho dele, do Alexander, confeça isso mesmo logo no arranque da nossa conversa. Agora ele tirou uma pinta e deixou-me desde logo um sério aviso.

0:01:59 - ALEXANDRE MONTEIRO
Quem está traumado é as mesmas noturnas, mas ninguém É. não é Porque se ela já sabe os truques, tu ainda não sabes aí é que há um desafio grande.

0:02:07 - JORGE CORREIA
Portanto estou sempre em desvantagem, sempre, sempre em desvantagem.

0:02:11 - ALEXANDRE MONTEIRO
Primeiro, é assim logo as mulheres são muito melhores de tentar os sinais. É logo aqui uma questão já da biologia e de evolução.

0:02:20 - JORGE CORREIA
Quem é que fez isso? Quem é que nos enganou? Quem é que disse que as mulheres da final conseguem fazer isso melhor que nós? É natureza.

0:02:26 - ALEXANDRE MONTEIRO
A própria natureza faz e a própria evolução fez com que isso acontecesse. Já vem desde a prostrona, desde a testosterona. Não é parte de comunicação, não é a parte neurológica. Faz com que as mulheres sejam muito competentes a comunicar e a própria necessidade delas de o fazerem. Porque isto é extraordinário. Por isso é que nós dizemos que elas tenham o 6º sentido. A palavra 6º sentido vem dessa habilidade delas de conseguirem perceber sinais não tendo consciência dos mesmos, mas sentem tanto que a visão delas é muito mais abrangente e a nossa é muito mais focada, por tudo, por uma questão de evolução e uma questão de biologia. Não é Porque nós temos testa austrona. A testa austrona está ligada à força, à luta, à guerra, à caça.

Elas têm prostrona. Está muito mais ligada à questão da reprodução, reprodução, que é que indicava? tinha que ficar mais em tribo Tribo, tinha que comunicar melhor com as crianças, comunicar melhor com os bebés, tinha que ler todas as expressões faciais. E isto gera uma competência neurológica para compreender os sinais e começar a criar novos caminhos para entender pessoas E como. Elas viviam mais em comunidade, porque elas estavam muito mais fixas do que o que acontecia. Tinham que comunicar mais com as outras mulheres. E então este filtro de evolucional e biológico faz com que elas sejam mais contentes. Nesta comunicação ao verbal, muitas vezes não entendo a percepção que o tem, mas tem.

0:03:45 - JORGE CORREIA
Então, e os pobres, coitados dos homens como nós dois que estamos aqui a falar, além de nos subjugarmos a essa evolução ao longo da espécie? podemos aprender alguma coisa com elas e com a maneira como se deve ou pode comunicar? podemos comprar um bocadinho deste 6 de sentido?

0:04:04 - ALEXANDRE MONTEIRO
Sim, pode ser. Este 6 de sentido é aprendido. Todos nós já temos esta competência para ler este 6 de sentido. Agora nós somos homens menos atentos, mas podemos nos tornar muito mais atentos e tomar na consciência destes sinais. Agora vai ser mais fácil para elas.

Aprenderem esta linguagem porque é mais natural a própria leitura, a própria proteção de sinais do para nós. Vamos ter que treinar mais, mas é tudo treinável e da forma que eu faço, o que é quando eu partilho esta questão dos sinais, eu não quero que as pessoas saibam de todo o universo não verbal. Não é isto o objetivo, porque é quase um manamento impossível. Tu conseguires ver todos os sinais? é muito difícil. E então, se não soubermos aqueles sinais que são importantes, que são mais padrão possível, que têm menos margem de erro, e sabendo os tímidos em que acontecem, quer dizer que você, tu ganhas de um poder enorme. E a maior parte das pessoas não sabem os sinais.

Isto é que é engraçado, só que compreendem todos os sinais, mesmo na questão da liderança. Eu falo muitas vezes a questão da liderança. A liderança não é falada, a liderança é sentida, é um presente que as pessoas te dão, quer dizer, quando tu te comportas como líder, as pessoas oferecem. Tu o presente, tu és o meu líder. Quando tu não te comportas como líder, as pessoas não te oferecem este presente. E escusam-te estar a pedir, a pedir, a pedir, ah, eu mando O pedido. O que é o pedido É eu é que mando aqui.

No fundo, isto é um pedido. Não é um pedido direto, é um pedido inconsciente que é quem manda aqui? quem manda aqui sou eu, eu aqui acredito às regras, eu aqui é que mando, eu aqui é que sei. Isto já é um pedido de liderança. Normalmente quem faz isto nem é líder, quer recorrer já ao verbal para mostrar que é líder, que é para mostrar que é competente para mostrar outro tipo de questões que são percebidas emocionalmente. Isto é uma compensação do nosso cérebro. Quer dizer, como eu não tenho, já vou compensar, ou verbal ou não verbal. Isto aqui é muito fácil de aprender. Agora por é prática. Aqui, como nós não lidamos bem com mudança, para mudar é ser muito difícil, porque o nosso cérebro não é estúpido, é preguiçoso. Então que aí faz uma mudança e implica logo mais energia. É de alguma maneira. Por que é que eu ida usar esta linguagem quando estou habituado a ouvir? E o cérebro é muito inteligente. É inteligente e palma ao mesmo tempo.

0:06:17 - JORGE CORREIA
Então o que é que este nosso cérebro preguiçoso de disto faz quando nós olhamos para este líder que se autoproclama? mas no fundo, de logo entenderte, nós não acreditamos muito.

0:06:32 - ALEXANDRE MONTEIRO
Podemos ter três hipóteses Ou paramos, não ligamos muito aquilo que está a acontecer, ou fugimos, não queremos ser guiados por aquele líder, ou então enfrentamos. vamos desafiar o poder dele Porque nós quer que fazemos a liderança. quando a liderança se torna vulnerável o que é que acontece Nós temos permissão para atacar.

0:06:54 - JORGE CORREIA
Isso é uma coisa quase de matilha, quase dos animais da selva.

0:06:57 - ALEXANDRE MONTEIRO
Sim, e é isto que o nosso cérebro que interpreta o mundo, é o cérebro de matilha, é o cérebro de mamíforo, é o que interpreta Nós quando olhamos para o mundo. nós não vemos o mundo de uma forma racional. primeiro Nós primeiro vemos de uma forma emocional, reagimos não verbalmente a essa forma emocional e depois aqui interpretamos o universo, ou toda a nossa realidade de forma racional.

0:07:20 - JORGE CORREIA
Portanto, primeiro temos medo, ou sentimos empenho, ou sentimos nestasiados, como a mensagem, e só depois é que vamos fazer uma interpretação racional daquelas coisas todas que nós vimos.

0:07:32 - ALEXANDRE MONTEIRO
Exato e desde aqui uma escolha que é ou tens uma interpretação racional ou então háis, de forma estúpida, por exemplo, o medo, e a minha linguagem é assim muito animal. Entradas para isso também que é muito direta Nós em medo temos atitudes estúpidas, temos atitudes não pensadas. A enraiva acontece a mesma coisa. Quantas vezes numa discussão, então,