Listen

Description

As perguntas e as respostas fazem parte da nossa vida.

E são o motor fundamental para aprendermos coisas novas.

Esta edição é sobre os talentos que precisamos de ter para enfrentar o mundo onde nenhuma resposta explica tudo e todas as perguntas valem muito mais que essas respostas.

Afinal como aprendemos coisas novas?

A nossa maneira de aprender é um dos tópicos que mais investigação tem merecido nos últimos anos.

E com o advento do mundo volátil e sem certezas absolutas a única coisa certa é que precisamos de aprender sempre. Todos os dias. De forma contínua.

Mas não foi sempre assim?

Provavelmente sim. Mas agora o tema parece ter-se tornado um mantra das organizações e grupos mais inovadores.

TÓPICOS & TEMPOS

(00:00:00) - (00:03:42) - Introdução e Importância da Aprendizagem Contínua

Jorge Correia apresenta o ‘podcast’, focando na relevância do aprendizado contínuo num mundo incerto. Paula Marques é introduzida como especialista em novas formas de trabalho.

(00:03:42) - (00:07:24) - O Futuro do Trabalho e a Liderança

Discussão sobre o futuro do trabalho, enfatizando a necessidade de líderes que valorizam perguntas em vez de respostas rápidas.

(00:07:24) - (00:11:06) - Transformações no Trabalho

Análise das mudanças no ambiente de trabalho e como as organizações estão se adaptando para enfrentar novos desafios num contexto global volátil.

(00:11:06) - (00:14:48) - Identidade e Trabalho

Reflexão sobre a ligação entre trabalho e identidade pessoal, e o impacto da reforma nessa relação.

(00:14:48) - (00:18:30) - Tecnologia e Desemprego

Exploração do impacto da automação e tecnologia nos empregos e a necessidade de requalificação dos trabalhadores.

(00:18:30) - (00:22:12) - Educação e Preparação para o Futuro

Discussão sobre como o sistema educativo pode preparar melhor os jovens para um mercado de trabalho em transformação.

(00:22:12) - (00:25:54) - Desafios para a Juventude

Análise dos desafios que os jovens enfrentam ao escolher carreiras e como alinhar as suas paixões com as oportunidades de mercado.

(00:25:54) - (00:29:36) - O Papel das Perguntas no Desenvolvimento Profissional

Debate sobre a importância de fazer perguntas certas para o desenvolvimento profissional e pessoal num contexto de rápidas mudanças.

(00:29:36) - (00:33:18) - Impacto da Cultura Organizacional na Inovação

Análise de como a cultura organizacional afeta a inovação das empresas e a importância de cultivar uma cultura que valorize a curiosidade e aprendizagem contínua.

(00:33:18) - (00:37:00) - Conclusão e Reflexões Finais

Quis aprofundar o tema com Paula Marques uma investigadora da Nova SBE com a missão de investigar as formas de trabalho do futuro.

E de treinar os melhores líderes a fazer mais perguntas do que a dar respostas na ponta da língua.

Mas acima de tudo este episódio é uma navegação sem bússola nem mapa ao futuro do mundo.

Talvez a única fórmula com uma promessa de resposta é o uso intensivo das perguntas.

E eu a pensar aqui para os meu botões: “tu queres ver que eu afinal ainda tenho futuro com o perguntador?”

Venham daí. Oiçam, subscrevam, comentem.

Façam perguntas. Todas as perguntas do mundo.

Se houvesse uma partícula de deus da curiosidade infinita teríamos todo um mudo melhor.

Nessa partícula das perguntas, do que querer saber, estaria a nossa forma eterna de aprender.

No meu imaginário a partícula dos perguntadores criaria aquela centelha de brilho no olhar das crianças quando descobrem uma coisa nova.

E tu, ai desse lado, no conforto da escuta, já perguntaste algo, hoje, que exija uma nova e criativa resposta?

Então vai. Vai perguntar. É mágico e funciona.

Até para quem tem todas as respostas.

LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO

TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA

00:00:13:14 - 00:00:37:18

Jorge Correia

Bem vindos ao Perguntas Simples a vosso podcasts sobre comunicação. As perguntas e as respostas fazem parte da nossa vida e são o motor fundamental para aprendermos coisas novas. Esta edição é sobre os talentos que precisamos para ter de enfrentar todo um mundo onde nenhuma resposta explica tudo e todas as perguntas valem muito mais do que essas respostas. Vamos ao episódio.

00:00:37:20 - 00:00:48:21

Jorge Correia

Vamos a isso.

00:00:48:23 - 00:01:16:07

Jorge Correia

Afinal, como aprendemos coisas novas? A nossa maneira de aprender é um dos tópicos que mais investigação tem merecido nos últimos anos. E com o advento do mundo volátil e sem certezas absolutas, a única coisa certa é que precisamos de aprender sempre, todos os dias e de forma contínua. Mas não foi sempre assim? Provavelmente sim. Mas agora o mantra parece ter se tornado moda das organizações e dos grupos mais inovadores.

00:01:16:09 - 00:01:39:12

Jorge Correia

Quis aprofundar o tema com Paula Marques. Ela é uma investigadora da nova SB com a missão de investigar novas formas de trabalho lá no futuro, no futuro que pode ser amanhã de manhã e de treinar os melhores líderes a fazer mais perguntas do que dar respostas na ponta da língua. Difícil, não é? Mas, acima de tudo, este episódio é uma navegação sem bússola nem mapa no futuro do mundo.

00:01:39:16 - 00:02:05:17

Jorge Correia

Talvez a única fórmula com uma promessa de resposta e o uso intensivo das perguntas. E eu a pensar aqui para os meus botões tu queres ver que eu afinal ainda tenho futuro como perguntador? Ora, é fácil e barato. Basta apenas ter curiosidade e perguntar sobre as coisas sem fazer perguntas incómodas, fazer perguntas difíceis, fazer perguntas encantadoras, mas fazer sempre perguntas.

00:02:05:19 - 00:02:21:16

Jorge Correia

Venham daí. Oiçam, subscrevam, comentem, partilhem este episódio com alguém que precisa de saber que é importante perguntar e façam perguntas todas as perguntas do mundo. Depois de ouvir este episódio.

00:02:21:18 - 00:02:23:18

Jorge Correia

Paula Marques, Como é que eu te apresento?

00:02:23:22 - 00:02:24:18

Paula Marques

Como tu quiseres.

00:02:24:20 - 00:02:26:03

Jorge Correia

E porque.

00:02:26:05 - 00:02:26:16

Paula Marques

Marques.

00:02:26:16 - 00:02:40:00

Jorge Correia

É o. Quando vou à procura nos, nos nos LinkedIn, nos desta vida e nos currículos, aparecem lá coisas bonitas da directora, diz esta information. E eu pensei sim, mas eu sou algo assim. Mas não gostei, não continua a ser a mesma coisa.

00:02:40:01 - 00:02:49:01

Paula Marques

Que já nem se quer, que já nem sequer está atualizada. Eu agora dirijo aqui a área do futuro, porque o futuro do trabalho, se quiseres podes me apresentar de forma mais simples. E o que.

00:02:49:01 - 00:02:52:09

Jorge Correia

É que faz alguém que discute o futuro do.

00:02:52:09 - 00:03:19:21

Paula Marques

Trabalho? O que fazemos aqui é tentar encontrar os sinais que da forma como estamos a organizar o trabalho e nas organizações. E é isso que fazemos todos os dias. Falamos com pessoas também organizações, fazemos focus group, tentamos observar a forma como o trabalho, que é só mais uma forma de social, nos organizarmos. O que está a acontecer que nos está a levar a entregar valor de forma diferente, claramente ao modelo que está a chegar ao fim.

00:03:19:23 - 00:03:38:22

Paula Marques

E nós queremos perceber de uma forma um bocadinho baseada em evidências sem serem bolas de cristal e sem ser novidade ou só remoto. E vamos trabalhar fora, dentro. Queremos ser um bocadinho mais de rigor porque somos uma universidade, somos uma escola e queremos perceber afinal, quais são as coisas estão a emergir para esse futuro trabalho.

00:03:38:22 - 00:03:48:17

Jorge Correia

E eu quero falar sobre isso. Mas então aquela coisa que o filósofo Agostinho da Silva nos prometeu que nós tínhamos nascido para o lazer e não para o trabalho, Afinal, estar.

00:03:48:17 - 00:04:12:07

Paula Marques

Longe é super difícil. Adoro. Agostinho da Silva, é um dos meus filósofos preferidos nos meus pensadores preferidos. Aliás, tem uma filosofia de vida que eu sigo, que é quando algo tu descubras, algo que funciona para ti. Jorge, guarda para ti. Não tentes convencer igual, porque o pregador é impossível. Eu também considero o pregador impossível e odeio dar conselhos ou até e não gosto que me dêem sermões e conselhos.

00:04:12:09 - 00:04:35:00

Paula Marques

Mas obviamente o filósofo eu penso que estava um pouco enganado, porque nós estudamos a história do trabalho, percebemos que os seres humanos trabalharam sempre por dois motivos. O primeiro é porque precisamos para pagar as contas, para ter dinheiro, para ter recursos. E o segundo é porque adoramos trabalhar e o trabalho faz parte também da própria identidade dos seres humanos.

00:04:35:00 - 00:04:43:15

Paula Marques

Aliás, há colegas aqui na Nova. Estão a fazer um estudo super interessante como a idade da reforma impacta a minha identidade e a forma como eu me vejo e os outros me veem.

00:04:43:17 - 00:04:49:02

Jorge Correia

Então, quando nós deixamos o trabalho, algumas pessoas que ficam com um vazio E agora, como é que eu faço? O que é que eu faço? O que é que eu sou?

00:04:49:02 - 00:05:10:18

Paula Marques

Até a minha identidade é que eu era aquele nome que estava no LinkedIn. Ou era aquele? Era professor, era engenheiro ou era médico? E agora, o que é que eu sou? O trabalho faz parte da nossa identidade, Não tanto. E, obviamente, precisamos trabalhar até morrer como o caraças como japoneses. Mas obviamente, o trabalho faz nos sentir úteis, faz nos sentir se estou a trabalhar ou dar algo a alguém.

00:05:10:19 - 00:05:31:09

Paula Marques

Tu servir alguém. E é muito filosófico também não é? Não tem a ver quem o diz, são os historiadores do trabalho. Não sou eu que o digo. São gente que estuda ou trabalha, desde os caçadores recolectores até à atualidade, que dizem cuidado.