Hoje é dia de falar de jornalismo de saúde.
De comunicação em saúde.
É uma paixão de sempre e nisso estamos juntos, eu e a convidada desta edição: Dulce Salzedas.
Da arte de perguntar até à forma como se contam histórias num tema tão sensível, importante e delicado.
De que falam duas pessoas que falam há anos do mesmo tema: a saúde dos portugueses, a saúde em Portugal?
Falam de tudo.
Falam da vida.
Falam de saúde.
Falam de comunicação.
Dulce Salzedas é jornalista profissional, fundadora da televisão SIC e especialista em assuntos de saúde.
Esta é uma conversa entre dois amigos.
Com paragens para refletir sobre a forma como estamos a comunicar, como a curiosidade é um motor infinito e conhecer pessoas é uma das melhores profissões do mundo.
Nesta conversa sabemos o que sente a doente súbita Dulce na maca de um hospital e deambulamos sobre percurso de qualquer português nos corredores do SNS.
Talvez por causa desse ímpeto de missão ao serviço dos outros na encruzilhada da saúde com a comunicação, Dulce Salzedas informa uma pessoal e intransmissível decisão: suspender a sua carreira como jornalista e iniciar-se ao serviço do SNS.
Se eu estivesse a falar de futebol, diria que esta é a transferência do ano.
Vou estranhar não ter a Dulce a contar-me as notícias que contam.
Mas celebrarei todos os seus sucessos a comunicar saúde do lado do SNS.
Ser ou estar jornalista?
Ser ou estar comunicador?
Ser ou estar doente?
Ser ou estar saudável?
Ser ou não ser SNS.
Ser sempre.
Em todo o lugar, somos sempre nós.
E num mundo fluido, caótico e imprevisível, ser é tão importante como estar.
Estar ao serviço dos outros é uma forma de estar.
Como o prova a Dulce Salzedas.
Tópicos de Conversa:
Importância da comunicação em saúde [00:00:13] Os apresentadores discutem a importância da comunicação em saúde e como contar histórias nesse tema é sensível e delicado.
Decisão de suspender carreira como jornalista [00:01:29] A convidada fala sobre sua decisão de suspender sua carreira como jornalista e se dedicar ao serviço de comunicar saúde.
Adaptar perguntas ao entrevistado [00:05:06] Discutem a importância de adaptar o tipo de pergunta ao entrevistado e ao contexto em que se está.
Adaptação da linguagem [00:07:04] Dulce Salzedas fala sobre a importância de adaptar a linguagem ao entrevistado e como isso é uma das coisas que mais a atrai na profissão.
Fazer perguntas adequadas [00:08:43] A importância de fazer perguntas adequadas ao entrevistado e adaptar o tipo de pergunta ao contexto em que se está.
Experiência em televisão e rádio [00:12:57] A experiência em televisão e rádio, destacando as diferenças entre as duas mídias e como a imagem é mais importante na televisão.
Importância da pergunta [00:15:22] A importância da pergunta adequada e ética ao entrevistado e adaptar o tipo de pergunta ao contexto em que se está.
Política de saúde [00:17:59] A política de saúde e como ela afeta a vida das pessoas, explicando como as boas políticas de saúde têm efeitos positivos na comunidade.
Comunicar saúde [00:20:06] Discutem a importância de comunicar a saúde, explicando às pessoas como elas podem usufruir dos sistemas de saúde e como o serviço nacional de saúde tem uma arquitetura jurídica e um edifício jurídico total.
Comunicação em saúde [00:23:24] Dulce Salzedas fala sobre sua ambição de trabalhar em comunicação em saúde e como pretende tornar a comunicação em hospitais mais humanista e próxima.
Suspensão da carreira de jornalista [00:24:04] Explica que decidiu suspender sua carteira profissional para se dedicar à comunicação em saúde, mas acredita que as duas atividades não são incompatíveis.
Sistemas de saúde em outros países [00:26:57] Comenta sobre a lógica dos sistemas de saúde em países como Inglaterra, Dinamarca e Suécia, e destaca a importância da comunicação clara e acessível para os cidadãos.
Falta de recursos no sistema de saúde [00:28:51] Os apresentadores discutem a falta de recursos no sistema de saúde português, incluindo a falta de coordenação entre os cuidados domiciliares e hospitalares.
Comunicação inadequada na área da saúde [00:33:26] A importância da comunicação adequada na área da saúde, incluindo exemplos de linguagem natural e papelada desnecessária.
Experiência positiva com equipe multidisciplinar [00:35:24] A convidada compartilha uma experiência positiva com uma equipa multidisciplinar no Hospital Santa Maria, que incluiu a participação de uma cirurgia pediátrica.
Importância da comunicação em saúde [00:35:45] Sobre a importância de contar histórias sensíveis e delicadas na área da saúde, citando exemplos de reportagens que fez sobre pacientes com próteses e famílias de baixa renda.
Desigualdades no sistema de saúde [00:37:06] Os apresentadores discutem as diferenças entre o sistema público e privado de saúde. Dulce Salzedas também compartilha a sua experiência pessoal como paciente num hospital público.
Medo de fazer perguntas em saúde [00:40:53] Sobre a dificuldade de fazer perguntas adequadas em situações de saúde, e como isso pode ser resultado do medo de falhar ou da falta de conhecimento sobre o assunto. Speaker 2 compartilha sua experiência como paciente e como isso a ajudou a entender melhor a importância de fazer perguntas.
Importância da comunicação em saúde [00:42:41] Discutem a importância da comunicação em saúde e a forma como se contam histórias nesse tema tão sensível e delicado.
O que é uma grande história? [00:44:55] Refletem sobre o que é necessário para uma história ser considerada grande e interessante para o público.
Contar uma história em uma grande reportagem [00:46:21] Falam sobre a dificuldade de contar uma história numa grande reportagem e a importância de adaptar a linguagem e o tipo de pergunta ao contexto em que se está.
Reportagem sobre urgência hospitalar [00:49:55] Dulce Salzedas fala sobre uma reportagem que fez sobre o quotidiano de uma urgência hospitalar, mostrando situações complicadas e hilariantes.
Mortalidade materna [00:53:30] Dulce Salzedas relata uma história sobre uma mulher grávida que morreu por falta de atendimento adequado, e como isso a fez refletir sobre a mortalidade materna no mundo, especialmente em países de língua portuguesa.
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JORGE CORREIA (00:00:13) - vivam bem vindos ao pergunta simples o vosso buscas sobre a comunicação. Hoje é dia de falar de jornalismo, de saúde, de comunicação, em saúde é uma paixão de sempre. Início! Estamos juntos Eu e a convidada desta edição do sal, vendas da arte de perguntar até a forma como se contam histórias num tema tão sensível, tão importante e tão delicado. Vamos ao programa. Vamos a isso de que falam duas pessoas que falam anos do mesmo tema, saúde dos portugueses, da saúde em Portugal, falou que tudo falam da vida, falou da saúde, falam da comunicação dos salva vidas. É jornalista profissional fundadora da televisão SIC e especialista em assuntos de saúde. E esta é uma conversa entre dois amigos com paragens para refletir sobre a forma como estamos a comunicar. Como a curiosidade é um motor infinito e conhecer pessoas das melhores profissões do mundo. Nesta conversa, sabemos o que sentiu durante súbita dos salva vidas, na marca de um hospital e de ambulantes sobre o percurso de qualquer português nos corredores do CNS.
JORGE CORREIA (00:01:29) - Talvez por causa deste intento de missão e de serviço público de serviço aos outros encruzilhada entre a saúde e a comunicação dos salva vidas informa de uma forma pessoal e transmissível uma decisão suspender a sua carreira como jornalista e iniciar se ao serviço do que se estivesse a falar de futebol. Dia que esta é a transferência do ano. Vão estranhar não ter a doença, contar as notícias que realmente importam, Mas vou celebrar todos os seus sucessos. Comunicar saúde do lado do fiquem para saber tudo dos sauveiros. Jornalista como é que vai a vida? Se eu sempre se nem fazer esta pergunta alguém que é como é que vai a vida, que é uma pergunta que os jornalistas nunca fazem? Porque são? Como é que vai a vida? Se trabalhamos alguém que falo, falo muito pode ficar e três dias a falar que vai a vida
DULCE SALZEDAS (00:02:26) - para casa. Eu já fiz de origens essa pergunta então, como é que a sua vida e em trabalhar? E às vezes contestou a reportagem, algumas circunstâncias nalgumas situações, sinto que é uma boa forma de iniciar uma conversa. Não conheço a pessoa lá, ninguém, ela passou dois fazendas os analistas. Assim que tem que fazer uma reportagem sobre dois senhores como é que se chama? Então é que vai surgir habitualmente, acaba por abrir assim, em uma espécie de um túnel de boa disposição. Isso junto, conversando ao fim dessa conversa fala barato Como é que vai virar parto para a conversa? Mães importante, aí sim
JORGE CORREIA (00:03:13) - gravar um bloqueador é
DULCE SALZEDAS (00:03:15) - um bloqueador como porquê e nunca aconteceu.
JORGE CORREIA (00:03:18) - Então, por que? Porque mais? Ou então? Porque é uma boa pergunta Não é a minha
DULCE SALZEDAS (00:03:22) - pergunta que existe em televisão imenso?
JORGE CORREIA (00:03:24) - Que tudo isso em qualquer coisa? Eu digo então porquê
DULCE SALZEDAS (00:03:28) - Porque ainda por cima e tu sabes, que esta área televisão temos aquela dificuldade enorme? Que tirar o vivo. Aquele bocadinho do que as pessoas dizem vivo teve.
JORGE CORREIA (00:03:40) - Não são de baixa renda também. Um caminho que explica que
DULCE SALZEDAS (00:03:44) - muitas vezes a comunicação das pessoas esta tal maneira estruturada que nós queremos aquela desestrutura lá para pegar, exatamente no início, numa palavra, para tomar o é verbo que não sejam. Não que não sejam, não não, mas mesmo, como não se às vezes também nos ajuda, confrontando aquilo dias antes, e que escrevemos antes. Mas o porquê para mim, particularmente, para mim,