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Já ouviram a expressão “partir o elefante às postas?”

Sim, quando o problema é demasiado grande ou o objetivo demasiado longínquo.

Sim, partir os elefantes aos pedaços ajuda na sua digestão e assusta menos.

As organizações têm este problema todos os dias para resolver.

As grandes organizações têm este problema numa escala ainda maior.

E cada um de nós tem o nosso próprio jardim zoológico de questões para resolver.

Eduardo Zugaib tentou ajudar-nos a resolver a grande embrulhada da complexidade em que nos metemos.

Não só o tamanho dos problemas, mas também o conflito de personalidades e de agendas diversas, na sociedade, nas organizações e até, nas famílias.

Ele propõe criar pequenas rotinas, os tais pouquinhos, para criar dinâmicas positivas, simples e com resultados sustentados.

Contudo, não chega. É preciso que haja propósito firme, alinhamento e principalmente empatia.

Tudo baseado numa forma de comunicar que ele batiza de 5.0

E este é que é o verdadeiro segredo do Eduardo: a comunicação empática.

Que se centra no outro e não no seu umbigo.

O que nos leva ao seu principal mantra: a excelência é um hábito.

E dá para falar disso. E praticar muito.

TEMAS

Regularidade e sustentabilidade (00:02:36)Eduardo Zugaib fala sobre a importância da regularidade e sustentabilidade na busca pela excelência, tanto em processos pessoais de transformação quanto no desenvolvimento das lideranças das organizações.

Aristóteles e a excelência como hábito (00:03:26)Eduardo Zugaib cita Aristóteles e sua frase "a excelência não é um ato, é um hábito" para explicar a importância da regularidade e dos pequenos hábitos na busca pela excelência.

Valores e cultura organizacional (00:04:50)Eduardo Zugaib discute a importância de perceber quais são as pequenas atitudes que ajudam a tornar os valores e a cultura organizacional em uma realidade percebida, e não apenas uma retórica que não é vivida no dia a dia.

Identificação de valores (00:07:27)Eduardo Zugaib fala sobre a importância de identificar os valores da organização e confrontá-los com a realidade atual.

Liderança tóxica (00:11:27)O impacto negativo da liderança tóxica na cultura da empresa e a importância do feedback e da correção de desvios de conduta.

Liderança empática (00:13:56)A diferença entre liderança tóxica e empática, e como desenvolver uma liderança mais voltada para o bem-estar do grupo e menos para o sucesso individual.

Queda do líder (00:14:37)Eduardo Zugaib fala sobre a inevitabilidade da queda de um líder e a importância de ter apoio da equipa para se reerguer.

Custo humano do resultado (00:15:55)O custo humano de um resultado é discutido, incluindo absentismo, rotatividade e impacto no desenvolvimento da organização.

Liderança empática (00:17:29)O que é uma liderança empática é discutido, incluindo a importância de ouvir, entender e construir uma equipa diversa e preparada para lidar com a complexidade do mundo.

Revolução do Pouquinho (00:21:45)Eduardo Zugaib fala sobre o seu livro "Revolução do Pouquinho" e dá dicas sobre como fazer mudanças pouco a pouco.

Adaptabilidade e Inércia (00:22:27)Eduardo Zugaib discute a importância da adaptabilidade e da resiliência para enfrentar desafios e evitar a inércia.

Conforto e Sustentabilidade (00:26:10)Eduardo Zugaib critica o discurso de sair da zona de conforto e defende a importância da sustentabilidade para alcançar a excelência de forma confortável e sustentável.

Humor e Leveza (00:28:06)Eduardo Zugaib fala sobre a importância do humor e da leveza, mas com conta, peso e medida, para lidar com as dificuldades e desafios da vida.

Importância do Humor na Educação do Adulto (00:29:37)O humor e o riso permitem ao adulto ter um pensamento mais criativo e abstrato, competência cada vez mais exigida pelo mercado. Além disso, o humor torna o ambiente mais leve e dispara hormonas relacionados ao sentimento de satisfação e prazer.

Autoconhecimento e Bom Humor (00:33:49)Conhecer-se a si mesmo é fundamental para desenvolver o bom humor e a capacidade de rir de si próprio, tornando o ambiente mais leve e as pessoas menos julgadoras. A auto exigência pode ser perigosa e a ressignificação é importante para evitar a culpa e o julgamento excessivo.

Importância da autoavaliação (00:35:03)Eduardo Zugaib fala sobre a importância da autoavaliação e da coleta de perceções de outras pessoas para evitar pontos cegos e rigidez.

Relação com o erro (00:36:35)Zugaib defende a importância de ter uma relação saudável com o erro para estimular a criatividade e evitar a síndrome do impostor.

O que motiva Eduardo Zugaib? (00:38:22)Zoghaib fala sobre o que o motiva atualmente, que são coisas mais simples, como impactar pessoas e provocar questionamentos. Ele destaca a importância de ganhar dinheiro fazendo o que gosta.

LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO

Jorge (00:00:12) - Ora vivam, bem-vindos ao Pergunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Convidara um provocador profissional, tem sempre o seu encanto e os seus riscos. Nunca sabemos por onde vai, nunca sabemos o caminho por onde nos leva e isso é surpreendente e faz-nos ficar a pensar. Nesta edição escutamos Eduardo Zogaibe, brasileiro, comunicador e provocador. Ele é um especialista em processos de mudança com forte vertente de comunicação.

Jorge (00:00:41) - É praticante da arte, devagar se vai ao longe, ou na sua linguagem própria, a Revolução do Pouquinho. Vamos lá saber tudo sobre estes métodos de fazer revoluções aos pedacinhos juntando liderança, comunicação e hábitos regulares. Vamos a isso? Vamos ao programa. Vamos ao programa.

Jorge (00:01:11) - Já ouviram a expressão partir o elefante às postas? Sim, quando o problema é demasiado grande, ou o objetivo demasiado longínquo, então sim partir o elefante aos pedaços ajuda na sua digestão e assusta menos. As organizações têm este problema todos os dias para resolver e as grandes organizações têm este problema numa escala ainda maior. Cada um de nós tem um seu próprio jardim zoológico de questões para resolver. Eduardo Zoghaib tentou ajudar-nos a resolver a grande embrulhada da complexidade em que nos metemos.

Jorge (00:01:44) - Não só o tamanho dos problemas, mas também o conflito de personalidades, de agendas diversas na sociedade, nas organizações e até nas famílias. E ele propõe-se criar rotinas, os tais pouquinho para criar dinâmicas positivas e simples com resultados sustentados. Só que não chega. É preciso que haja um propósito firme, que haja um alinhamento e, principalmente, que haja empatia. Tudo baseado numa forma de comunicar que ele batiza como 5.0.

Jorge (00:02:12) - E é este o verdadeiro segredo do Eduardo, a comunicação empática que se centra no outro e não no seu bico. O que nos leva ao seu principal mantra, a excelência é um hábito. E dá para falar disso e praticar muito. Não tem a ver com processos, tem mais a ver com o propósito, com a simplicidade e com a repetição.

Eduardo Zugaib (00:02:36) - A explicação para isso é algo chamado regularidade, regularidade, sustentabilidade. E Jorge, digo para vocês aí, para todos que estão nos acompanhando, Isso não é o Eduardo que inventou. Uma pessoa um pouco mais antiga que nós, um tal de Aristóteles, vocês já devem ter ouvido falar, ele já falava disso há mais de 2 mil anos. E tem até uma frase atribuída a ele, nós não sabemos até onde isso se distorceu ao longo do tempo, mas que há um pensamento relacionado a Aristóteles que atribui a vida virtuosa, como se falava aquela época, uma vida de excelência, aquela vida sustentada nos pequenos hábitos, nas pequenas atitudes, nas pequenas virtudes, numa vida que tinha uma regularidade de valores. Então, essa frase que se diz é mais ou menos assim, né?

Eduardo Zugaib (00:03:26) - A excelência não é um ato, é um hábito. Então, eu acredito muito nisso, até mesmo para os processos pessoais de transformação, de mudança, de obtenção de projetos, de construção de resultados, como também a observância que eu venho construindo junto, as organizações que eu tenho tido a oportunidade de treinar, de participar do desenvolvimento das suas lideranças. Porque muitas vezes, Jorge, há um imperativo de um sucesso imediato construído em um evento, construído assim um evento, né? Então, e aí outra coisa que eu trabalho muito forte dentro da Revolução do Pouquim, que é o nome que acaba sendo, o nome que batiza esse processo que você citou, acaba sendo ali justamente a capacidade da gente perceber quais são as pequenas atitudes que nos ajudam a tornar, no caso de uma organização, aqueles valores, aquelas práticas, aquilo que ela entende por cultura organizacional em uma realidade percebida? Porque Não adianta eu ter os meus valores estarem impressos num folheto, no meu site, em algum lugar e isso não ser percebido na forma de comportamento, principalmente pelas lideranças que são ali, que é ali o grupo que vai acabar inspirando todo o restante da organização.

Jorge (00:04:50) - Porque senão aquilo que está escrito nesses folhetos, que estão nos cartazes, que é nós somos assim, nós somos brilhantes, nós somos extraordinários, nós fazemos A, B e C, não passam no fundo de uma propaganda, de uma retórica que não é vivida no dia a dia e por tanto acaba por não acontecer.

Eduardo Zugaib (00:05:06) - Exato Jorge, eu entro exatamente nessa ferida dentro das organizações, exatamente nessa ferida que eu coloco o dedo, porque, e o que é curioso, eu até brinco, né? Eu venho da comunicação, trabalhei muito tempo em agência de propaganda, né? Sou redator publicitário, na essência, enfim, o lado escritor, de certa forma, foi estimulado em quase 18 anos aí de trabalho em agências, departamentos de marketing, produtoras de conteúdo, de vídeo. E assim, uma coisa que a gente percebe é que ainda existem organizações que quando vão discutir propósito e valores, contratam uma agência para definir isso, definir o texto disso, não é construído dentro da empresa. Ou seja,