Assim como você, resistir, acreditar,
Bem no meio do templo, no eco da oração.
Não quero me curvar a essa imposição, não!
Também já fui julgado, marcado, esquecido,
A cada esquina tentam me converter.
Mas sigo firme, ninguém vai me deter.
Não que eu não dance no samba, que não ria no carnaval,
Também me perco no riso, me encontro no banal.
Não se trata disso — não há razão pra sermos iguais,
Nós não pedimos muito, só respeito e nada mais.
Quero aproveitar meu tempo, viver livre porque
Alguém disse, em algum lugar,
Pra resistir e acreditar,
Que o melhor está por vir,
E o sol pra todos vai brilhar.
Assim como você, busco meu próprio sinal,
Caminhos sem dogmas, razões no essencial.
Mas todo dia a fé alheia me é jogada na cara,
Promessas de céu, ameaças veladas.
Credo! até o silêncio soa como condenação,
Corvos me cercam, gritam “salvação!”.
Canetas e púlpitos podem ferir,
Quando usados pra punir.
A violência nasce assim.
Sou latino americano, sei que às vezes vacilo,
Mas meu orgulho de ser livre ninguém tira, ninguém fere meu destino.
Assim como você…
Quero aproveitar meu tempo, ser feliz porque
Alguém disse, em algum lugar,
Pra resistir e acreditar,
Que o melhor está por vir,
E o sol pra todos vai brilhar.
Assim como você,
Quero aproveitar meu tempo, assim como você,
Quero o tempo que me resta pra ser feliz porque
Alguém disse, em algum lugar,
Pra resistir e acreditar,
Que o melhor está por vir,
E o sol pra todos vai brilhar.
Ateísmo em forma de música. Álbum completo.