A guerra ainda permanece
Nenhum Reino na terra
Há apenas puro mal, indiferença ao nascimento
Nos túmulos dos mortos
Um homem gera sozinho
A guerra sobrenatural sombreia o trono
Três tentações escritas
A luxúria da carne, a luxúria dos olhos
E por fim o orgulho da vida
O Demônio Doze, os cães do inferno
Meu nome é Legião, pois somos muitos espíritos em um só
Para erguer uma terra do caos, trazida do Abismo
Meu nome é Legião, e trazemos destruição e morte
Possuindo sua alma
A maldição dos condenados
Uma vítima atormentada, arremessada ao fundo
Um homem permanece sozinho
Tropeçado, sob um feitiço
Encontre seus demônios, mande-os ao Inferno
Nenhuma tentação resta a enfrentar
Santificado, Anticristo
Lançando sombras em direção à cruz
O Demônio Doze, os cães do inferno
Meu nome é Legião, pois somos muitos espíritos em um só
Para erguer uma terra do caos, trazida do Abismo
Meu nome é Legião, e trazemos destruição e morte
(Solo)
O Demônio Doze, os cães do inferno
Meu nome é Legião, pois somos muitos espíritos em um só
Para erguer uma terra do caos, trazida do Abismo
Meu nome é Legião, e trazemos destruição e morte
Baseado em Marcos 5:1–20
Nesta faixa intensa e sombria, a narrativa é contada pela própria Legião de demônios, invertendo a perspectiva tradicional do relato bíblico do endemoninhado de Gerasa (Marcos 5:1–20). Não é Jesus quem fala, nem a libertação do homem que ganha destaque: aqui, os espíritos malignos são protagonistas.
A letra mergulha no caos e na destruição, explorando o tormento, a possessão e a solidão do homem isolado entre os túmulos. As três tentações — luxúria da carne, luxúria dos olhos e orgulho da vida — aparecem como instrumentos de corrupção, enquanto a Legião celebra seu poder coletivo, arquitetando um “reino de caos” vindo do abismo.
Elementos como os “cães do inferno” e o “Demônio Doze” intensificam a atmosfera apocalíptica, criando uma espécie de anti-reino, um contraponto sombrio aos símbolos cristãos, como a cruz. A música transforma a narrativa bíblica em uma experiência visceral, dando voz aos demônios, amplificando o horror e explorando simbolicamente os conflitos internos e as tentações que todos carregamos.
O resultado é uma interpretação épica, sombria e provocadora, onde o mal não é apenas derrotado, mas revelado em toda a sua força e caos, uma perspectiva raramente explorada fora do metal extremo.
Ateísmo em forma de música. Álbum completo.