Se olharmos a fala de Jesus, veremos que ele não está criticando a prática do jejum. Está chamando atenção para a forma hipócrita como estavam fazendo. Até porque Jesus sempre valorizou o jejum. A bíblia diz que ele jejuou 40 dias e sempre orientou seus discípulos acerca da necessidade do jejum. Richard Foster, teólogo americano, diz no seu livro “Celebração da Disciplina”, que considera o jejum uma das disciplinas centrais do cristianismo. Isso porque lida com processos da interioridade, da alma. É nessa perspectiva que vejo o jejum; como uma disciplina indispensável para pararmos e pensarmos a nossa interioridade. Vejo o jejum como uma prática que me aproxima de mim mesmo, dos meus pensamentos. Acredito que, por essa razão, Jesus sempre fez uma ligação entre a prática do jejum e a oração. Existe uma luta interior entre o que queremos fazer e o que fazemos, mas só enxergaremos essa luta com clareza, se discernirmos nossas intenções e pensamentos. É exatamente aqui que entra a necessidade do jejum. Eu quero orar com você: “Pai, precisamos discernir os nossos pensamentos. Auxilia-nos a conciliarmos aquilo que queremos, com aquilo que pensamos. Para o nosso bem e tua glória. Amém!” - Flávio Leite