Jesus nos ensina, que o jejum não é uma prática para performance religiosa. Não tem seu valor na aparência piedosa. O jejum não tem a intenção de elevar nosso status religioso. Não é para demonstração de que somos espirituais. A prática do jejum desencadeia processos na minha interioridade. Mexe com meus sentimentos. Transforma pensamentos. Me faz lidar melhor com impulsos e desejos. Acende o domínio próprio. Me coloca no controle dos prazeres. O jejum fortalece minha capacidade de decidir. De optar por aquilo que julgo ser bom. E é exatamente nessa forma de lidarmos com impulsos e desejos, que nos tornamos pessoas saudáveis e felizes. Richard Schoch, professor da Universidade de Londres, no seu livro “A história da (in)felicidade”, diz que a felicidade caminha apoiada nos pressupostos do prazer e desejo. Diz que para sermos felizes, precisamos modelar o prazer e controlar o desejo. Sei que todos nós necessitamos de mudança na nossa interioridade. Eu queria desafiar você a vivenciar, em algum momento dessa semana, essa experiência do jejum. Eu quero orar com você: “Pai, sabemos que temos lutas interiores e que não podemos nos acomodar. Queremos crescer nos processos de conciliação dos nossos pensamentos e práticas. Ensina-nos acerca dessa disciplina. Para nossa paz e tua glória. Amém!” - Flávio Leite