“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher” (Mateus 1)
Estamos falando sobre Natal. Essa possibilidade de sermos contagiados pela alegria da “boa-nova”. Alegria, mesmo para os que passam por aflição. Natal é a alegria da “boa-nova” na nossa interioridade, porque nasceu o “Deus Emanuel”, o “Deus conosco”, o “Deus presente”, o Deus que nos acompanha em todo o tempo e circunstância.
A primeira vez que li como Deus avisou José que Maria estava grávida, fiquei pensando o porquê de José não ter sido avisado numa visão, estando ele acordado e não em sonho, estando ele dormindo.
Imaginem se José contasse tudo que estava se passando a um amigo, e quisesse justificar sua permanência na relação com Maria, baseado num sonho. José poderia ouvir do amigo, o seguinte: “José, você teve esse sonho, influenciado pelo amor que sente por sua mulher. Você teve o sonho motivado pelo desejo de ficar casado com ela”.
Depois entendi que o fato de José ser avisado por sonho, ou por uma visão, estando ele acordado, ou dormindo, não faria nenhuma diferença. A experiência da visitação da “boa-nova” acontece na nossa subjetividade. Não precisamos de moveres concretos na nossa exterioridade, nem de circunstâncias favoráveis.
O fato de José ter fugido, ficou claro que estava aflito, perturbado. As circunstâncias eram contrárias. Mas quando José foi visitado pela “boa-nova”, foi também movido por sentimentos de grande alegria, mesmo diante da aparente incoerência. Isso é Natal! Por isso, o anjo disse aos pastores que estavam guardando o rebanho, na periferia de Belém: “Eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”.
Esse Natal é para todos nós. A “boa-nova” pode nos alcançar trazendo alegria, mesmo que as circunstância sejam contrárias. Eu quero orar com você: “Pai, nos visita com a tua alegria nesse Natal. Sabemos que Natal não é uma data no calendário, mas a tua alegria que nos fortalece. Para nossa edificação é que te pedimos. Amém!”