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Perder para ganhar

A vida é breve e fugaz. O tempo sempre passa e nunca retorna. Cada dia a mais é também um dia a menos. Avisada e sensatamente, Moisés, no Salmo 90, disse: “Tudo passa rapidamente e nós voamos” (Sl 90.10). Sendo assim, nada deveria nos assustar mais do que o risco de jogarmos nossa breve vida fora.

São muitas as sugestões oferecidas para que a vida não se perca. A esse respeito, Jesus disse: “Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á” (Marcos 8.35). A proposta do SENHOR parece contraditória, pois vai de encontro a tudo que os homens consideram recomendável para o aproveitamento da vida. Contudo, segundo Cristo, a chocante contradição sinaliza o caminho da salvação.

Como Salomão, no livro de Eclesiastes, uma pessoa pode se entregar a todos os prazeres e atrativos deste mundo, fazer tudo que agrada ao seu coração e ser o máximo em conhecimento, habilidade e empreendimento. Ainda assim, tal pessoa pode ter a vida cheia e a alma vazia. Por isso, muitas vezes, pessoas que, externamente, parecem seguir tão bem, descobrem, com pesar, que nada fizeram senão correr atrás do vento. E, assim, antes mesmo que se apercebam, precisam seguir para a casa eterna, e o drama da vida se encerra com a cena triste dos pranteadores no último adeus.

Falando sobre aproveitar a vida, Jesus propõe que, por causa d’Ele e do evangelho, percamos a vida presente, a fim de ganharmos a vida eterna. Como é comum quando pensamos nos valores do reino de Deus, o que, para o mundo, seria ganho, Jesus considera perda; aquilo que, aos nossos olhos, parece o segredo para ganhar a vida, Jesus considera o caminho certo para uma perda fatal. O mundo não consegue perceber a recompensa oferecida pelo SENHOR, porque só cogita das coisas desta vida. Jesus nos convoca, sim, para renunciar coisas atrativas, pessoas importantes e até a própria vida, por amor a Ele e ao Seu evangelho. Quando Pedro comentou com Jesus acerca do sacrifício de deixar tudo para segui-l’O, Jesus respondeu: “Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna” (Marcos 10.29–30).

O convite de Jesus, portanto, envolve a disposição de seguir pelo caminho da renúncia máxima, a fim de obtermos a recompensa máxima, ou seja, a vida eterna. São inesquecíveis as palavras do missionário Jim Elliot, que, juntamente com outros quatro missionários, foi martirizado pelos índios que eles tentavam evangelizar nas selvas do Equador: “Não é tolo aquele que dá o que não pode guardar, para ganhar o que não pode perder.” O SENHOR Jesus falou: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8.36). Enquanto ainda lhe resta algum tempo, negue a si mesmo e siga a Cristo. Fazendo isso, você terá feito a melhor escolha e receberá o prêmio da vida eterna na casa do Pai.