Indo para a casa do Pai
Durante alguns anos da minha juventude, por causa dos meus estudos, precisei morar longe de casa. Graças a Deus, à parte da saudade, a vida transcorria normalmente e me proporcionava experiências e aprendizados interessantes que não me estariam disponíveis se eu estivesse em casa. Mesmo assim, o dia mais esperado do semestre era o da última prova, pois eu poderia voltar para a casa dos meus pais. E o que poderia ser mais desejado naquele momento, depois de meses distante da minha família?
Enquanto Jesus consolava Seus discípulos, que estavam tristes devido a notícia da Sua partida, ordenou-lhes que evitassem que seus corações fossem controlados por perturbação excessiva, mantendo-se firmes na fé em Deus e n’Ele próprio. A seguir, o SENHOR lhes disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar” (João 14.2).
Em Hebreus 12.2, a Palavra de Deus nos manda olhar firmemente para “o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz” (Hebreus 12.2). É interessante observar a mensagem desse versículo, pois, nele, aprendemos que o terrível sofrimento do calvário foi mais facilmente suportado por Jesus, porque Ele vislumbrou, além da cruz, a alegria eterna na casa do Seu Pai. As palavras de consolação que Jesus ofereceu aos Seus discípulos seguem o mesmo raciocínio, pois o SENHOR estava dizendo que, ao invés de ficarem consumidos de tristeza por causa da Sua partida, eles deveriam encher seus corações com a alegre certeza de que não estariam se separando definitivamente, ou seja, os discípulos não iriam sofrer saudades eternas de Jesus. A separação seria temporária e com um glorioso propósito: Jesus estava partindo com a finalidade de preparar a morada eterna para Seus discípulos na casa do Pai.
Todo aquele que, arrependido, reconhece seu pecados, admite sua condição de perdido, confia que, na cruz, Cristo morreu pelos seus pecados e que, “por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25) pode nutrir, no seu coração, a expectativa da alegria proposta na casa do Pai.
Jesus não ilude Seus discípulos com falsas expectativas. Por causa da Sua natureza divina, podemos estar certos de que Ele nunca nos alegraria com meras ilusões. Portanto, tendo nós colocado nossa fé em Cristo, temos a certeza de que a casa do Pai é o nosso destino final. Assim, podemos afirmar seguramente, como o fez o apóstolo Paulo: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8.18). Partir para o lar celeste significa trocar a tristeza temporária pela alegria eterna. A casa do Pai é o melhor lugar. É para lá que você está indo?