E se Jesus não tivesse nascido?
Em 1994, os autores americanos James Kennedy e Jerry Newcombe escreveram o livro “E se Jesus não tivesse nascido”. Por diversas razões, esse livro está entre os mais interessantes que possuo. A proposta dos autores é mostrar que o nascimento de Jesus, o homem mais importante que já viveu, transformou praticamente cada aspecto da vida humana. Como os autores acima mencionaram, a vinda de Jesus “mudou o curso do rio da vida e tirou os séculos dos seus eixos”. Desde o nascimento do prometido Descendente da mulher, a história passou a ser dividida simplesmente em duas partes: antes e depois de Cristo.
Através dos séculos, nenhuma guerra foi tão severa quanto a que se travou nos domínios espirituais, ou seja, “nas regiões celestes”, como diz o apóstolo Paulo. Ali, o inimigo fez tudo o que lhe era possível para impedir o cumprimento da promessa, pois, na Sua vinda, o Descendente vitorioso teria, entre outras missões, esmagar a cabeça da antiga serpente. Para o deus deste século, a derrota era certa, pois, no final, o mal será destruído por Aquele que é a fonte e a substância do bem. Apesar disso, as forças do mal não se retraíram em suas investidas. Através da história, muitos se aliaram ao inimigo no seu plano de sabotagem da promessa. O famoso filósofo ateu do século XIX Friedrich Nietzsche foi um, entre muitos, que gostaria que Jesus não tivesse nascido. Nietzsche nutria um ódio consumado contra a fé cristã e chegou a anunciar que Deus estava morto. Em sua opinião, o cristianismo era um veneno que contaminou o mundo inteiro. Como pode ser visto na sua obra “O Anticristo”, o amargurado ateu lamentava que, na batalha histórica entre Roma, que representava o paganismo, e Israel, ícone do judaísmo e cristianismo, Israel continuasse vencendo, e a cruz triunfasse sobre “todas as outras virtudes mais nobres”. Sem dúvida, o príncipe das trevas aplicou toda a sua força e sagacidade no projeto de impedir o nascimento de Jesus. Todavia tudo foi em vão. Ele nasceu, conforme foi prometido nas Escrituras, viveu uma vida perfeita, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Ao contrário do que disse o filósofo alemão, Deus não morreu e jamais morrerá. Jesus morreu, mas ressuscitou e está no Céu, à direita do Pai. Quanto a Nietzsche, ele morreu, e onde ele estará?
Se Jesus não tivesse nascido, o mundo seria diferente. Sem dúvida, seria carente das bênçãos do amor, do perdão, da fraternidade e da misericórdia. Faltaria consolo para a dor presente e certeza quanto ao gozo futuro. Jesus nasceu e, com Ele, renasceu a verdadeira esperança. Jesus nasceu! Existe uma saída para o relacionamento quebrado, para o coração amargurado, para o espírito quebrantado. Jesus nasceu! As trevas foram vencidas, pois a luz do Céu foi derramada sobre elas. E, como disse o profeta Malaquias, para os que esperamos em Deus, nasceu o sol da justiça, “trazendo salvação nas suas asas” (Malaquias 4.2).
Se Jesus não tivesse nascido, muitas coisas boas faltariam neste mundo, porém a principal delas seria a paz com Deus e a certeza da salvação por meio do amado Filho. O Redentor nasceu! Temos motivos eternos para estar felizes. Em Cristo, tenhamos todos um FELIZ NATAL!