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Na companhia de Jesus

Depois de dias cheios de radiante alegria, chegara o tempo de tristeza. Em lugar da felicidade de outrora, restava apenas as boas lembranças, como se tudo não tivesse sido mais que um sonho bom que durara pouco. Sem perspectiva, a alternativa era administrar a tristeza e descobrir meios de sobreviver sem a doce presença de Jesus. O percurso de aproximadamente 11 quilômetros entre Jerusalém e Emaús era o último capítulo da história que os discípulos preferiam que fosse eterna.

Todavia, enquanto seguiam absorvidos em profunda tristeza, os abatidos peregrinos notaram alguém se aproximando. Um estranho apressara o passo para alcançá-los e logo estava participando do dilema deles. Na verdade, não era um estranho, mas o próprio Jesus, que, há pouco, havia sido crucificado. Entretanto, os discípulos estavam tão consumidos pelo desânimo que não puderam reconhecer o SENHOR. Quando a excessiva tristeza domina o nosso coração, podemos chegar ao ponto de não perceber, sequer, a presença de Deus. Foi assim com os discípulos no caminho de Emaús. Mesmo que Jesus os tenha repreendido pela incredulidade, apontando nas Escrituras que nada estava fora do plano eterno de Deus, os dois, simplesmente, não conseguiam reconhecer a presença de Jesus.

Já estamos no ano novo. A página foi virada e a história segue. O que este ano nos trará não sabemos. Se vamos vencer ou perder; se o caminho diante de nós será fácil ou difícil, não temos a menor ideia. Contudo, uma coisa é certa: o Divino companheiro estará sempre perto, mesmo que, em meio às lutas, não O reconheçamos.

Não existe nada melhor do que entrar o novo ano com a certeza de que Jesus estará ao nosso lado. Não vamos caminhar sozinhos. Com Cristo, seremos mais que vencedores, pois Ele promete nos acompanhar mesmo que tenhamos que passar pelo “vale da sombra da morte” (cf. Salmos 23.4). Se nos perdermos, Ele será nosso caminho; na fome, ele será nosso Pão; se não enxergarmos uma saída, Ele será a porta; nas trevas, a nossa luz; no deserto, o Bom Pastor; na fraqueza, a Videira verdadeira e, se formos surpreendidos pela morte, não haverá motivo para desespero, pois o nosso Cristo é a ressurreição e a vida.

Que o bom Deus nos dê a graça de conhecer verdadeiramente o Seu Filho neste novo ano. Que O amemos não apenas de boca, mas de fato e de verdade. Que Sua doce presença seja sempre reconhecida, e, n’Ele, tenhamos esperança, alegria e vida abundante. E assim, “...a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” (Filipenses 4.7).

No Salmo 118.24, lemos: “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”. Parafraseando o salmista, digo: “este é o ano que o Senhor fez para que O conheçamos verdadeiramente e O amemos de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento”, conforme Mateus 22.37.

Tenha um abençoado ano na presença do SENHOR!