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Quem diz o povo que eu sou?

A história da humanidade e de cada indivíduo gira em torno da pergunta: “Quem é Jesus?”. Nosso presente e nosso futuro dependem da resposta que dermos a essa importante questão.

Quando os homens estão escrevendo a biografia de personagens importantes na história humana, em geral, esforçam-se por alcançar a maior objetividade possível. Por isso, se o biografado tiver se pronunciado acerca de si mesmo, comunicando seus próprios pensamentos quanto a sua identidade, em princípio, o pesquisador não pode desprezar esse testemunho pessoal.

A regra acima parece ser aplicável a todas as pessoas, com exceção do Senhor Jesus. É curioso que, quando está em jogo a compreensão da identidade de Jesus, muitos se sentem na liberdade de definir o Senhor como melhor lhes parece. Ao longo da história, ninguém foi descrito de modo tão variado como Jesus. No Evangelho de Marcos, capítulo 3, por exemplo, depois que Jesus mostrou Sua autoridade sobre os demônios, Sua própria família achou que Ele estava fora de si. Enquanto para os escribas, na mesma ocasião, Jesus foi considerado como estando possesso de Belzebu. Aliás, no Evangelho de João, capítulo 8, várias vezes os judeus afirmam que endemoniado é a melhor descrição para Jesus. Após a crucificação, os principais sacerdotes e os fariseus não o consideraram louco nem endemoniado, mas o descreveram como um embusteiro como lemos em Mateus 27:63.

A confusão acerca da identidade de Jesus era tanta que, durante um tempo de retiro com Seus discípulos, o próprio Jesus perguntou: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” (Mt 16.13). Então, os discípulos disseram: “Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas” (Mt 16.14). Pelo que vemos, já no tempo do ministério terreno do Senhor, as pessoas abraçaram o pensamento errado de que cada um pode ver Jesus conforme desejar, ignorando, inclusive, aquilo que o próprio Cristo disse acerca de Si mesmo.

Olhando com atenção, podemos notar que essa percepção confusa acerca da pessoa de Jesus permanece através dos séculos. Ainda em nossos dias, estranhamente, as pessoas se sentem confortáveis com suas próprias conclusões acerca da identidade do Senhor Jesus, sem se preocupar se existe fundamento sólido para o que pensam. Há quem pense de Jesus como mártir, filósofo, vendedor, pacifista, ilusionista, espírito evoluído, dentre outros tipos.

Errar acerca da identidade de qualquer outra pessoa pode não ter grandes consequências, contudo, se errarmos quanto à pessoa de Jesus, podemos ficar sujeitos a um prejuízo eterno, pois, explicando a Sua identidade, Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).

Precisamos ser cuidadosos quanto àquilo que dizemos acerca de Jesus. Deixemos de lado nossas percepções pessoais e as ideias dos outros. Conheçamos a Cristo por meio da Sua palavra, pois, se ignorarmos o testemunho das Escrituras acerca do Filho de Deus, erraremos o caminho, desprezaremos a verdade e perderemos a vida.