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Os sinais da divindade de Cristo

“Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus” (Mateus 7.17). Ao enfatizar essa verdade essencial no final do sermão do monte, Jesus está ensinando que as obras, e não as palavras somente, servem para identificar o caráter de uma pessoa. É por isso que o próprio Jesus apelou para o testemunho das Suas obras como um meio importante para que as pessoas pudessem julgar se Ele era quem dizia ser. Em João 10.25, o Senhor disse: “As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito”.

Quando falamos dos milagres de Jesus como sinais autenticadores da Sua divindade, precisamos reconhecer que esse argumento pode não ser tão útil, porque, na mente de muitos, o tempo passado entre a época de Jesus e a nossa enfraquece a sua validade. Entretanto, tal objeção não se sustenta, se levarmos em conta que os próprios inimigos de Jesus reconheceram que Ele fazia coisas extraordinárias que estavam muito além da capacidade humana.

É esse o caso, por exemplo, quando as autoridades judaicas estão resolvendo o que fazer com o impacto do tremendo milagre da ressurreição de Lázaro. Em João 11:47-48, lemos: “Então, os principais sacerdotes e os fariseus convocaram o Sinédrio; e disseram: Que estamos fazendo, uma vez que este homem opera muitos sinais? Se o deixarmos assim, todos crerão nele; depois, virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mas a própria nação.”

Nessas palavras, vemos claramente que os judeus reconheciam que Jesus operava muitos sinais. Eles não podiam negar o fato e, por isso, sentiram necessidade de neutralizar os impactos dos milagres de Jesus. João diz que muitos que vinham visitar Maria, atestando pessoalmente a realidade do que Jesus fizera com Lázaro, voltavam crendo no Senhor. Os próprios sacerdotes e fariseus temiam que, se eles não tomassem uma posição drástica para neutralizar o Senhor, todos iriam crer n'Ele.

Tudo isso nos leva a uma pergunta interessante: Se os sinais motivaram muitos a crer em Cristo, por que os sacerdotes e fariseus, que admitiam a realidade dos milagres, não creram n’Ele? Certamente, essa pergunta poderia ser respondida de várias formas, porém, o que não se pode esquecer é o fato de que a opção pela descrença estava assentada nos seus corações antes mesmo de avaliarem as evidências. E, quando o coração está endurecido, os olhos ficam cegos aos sinais que apontam para a verdade. Quando explicou aos Seus discípulos a razão por que falava por parábolas, Jesus disse: “De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados” (Mateus 13.14–15).

Se, por acaso, você tem alguma dificuldade com a mensagem de Cristo ou tem resistência quanto às palavras ou ao testemunho dos cristãos, medite no que Jesus disse a Felipe em João 14:11: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras” (João 14.11). Somente um homem extraordinário poderia fazer as obras extraordinárias que Jesus fez. Somente Deus pode fazer obras que exigem o poder de Deus para ser realizadas. Portanto, não temos alternativa, senão aceitar o que Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30).