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Quem pode perdoar pecados?

​No Evangelho de Marcos, capítulo 2, quando Jesus viu aquele paralítico em um leito, sendo abaixado do teto por amigos, disse: “Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2.5). Alguns escribas que estavam perto de Jesus ficaram pensando: “Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?” (Mc 2.7).

​Embora os escribas, que eram estudiosos do Antigo Testamento, tivessem cometido muitos equívocos nas interações com Jesus, naquele momento, eles estavam absolutamente certos. Ninguém pode perdoar pecados, senão um, que é Deus. Jesus sabia que suas palavras iriam escandalizar os escribas. No entanto, essa era uma ocasião ideal para despertar seus ouvintes para a verdade de que Ele é igual a Deus.

​O pecado é problema eterno. Por isso, somente um Ser eterno pode resolvê-lo. Se recusarmos aceitar que Jesus é o verdadeiro “Eu Sou”, nossa conta fica em aberto, e teremos que receber o castigo eterno, que é o salário do pecado. Se Jesus era apenas um homem perfeito que cumpriu cabalmente todos os preceitos da lei de Deus, a justiça alcançada por sua obediência somente serviria para Ele mesmo. Ele seria aceito pelo Pai por ter cumprido os mandamentos, mas não poderia transferir Sua justiça para a conta de outra pessoa. Ou seja, se uma pessoa nega a divindade de Cristo, está dizendo que não existe salvação para nenhum homem, pois “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Todavia, se abraçarmos a verdade bíblica de que o Filho, como Jesus mesmo disse, é igual ao Pai, então poderemos nos alegrar no que diz o apóstolo Paulo em Romanos 5:1: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.

​Quando entendemos as implicações eternas do erro de negar a divindade de Jesus, podemos compreender por que o apóstolo João usou essa doutrina como um teste pelo qual podemos fazer diferença entre a verdade e a mentira, entre o verdadeiro e o falso evangelho. Na sua primeira epístola, ao falar acerca do perigoso ensino dos falsos profetas, que, já no primeiro século, circulava entre os cristãos, João afirma: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo” (1João 4.2–3).

​Devemos ser gratos a Deus por ter não somente enviado Seu Filho para nos salvar, mas também por nos ter dado Sua Palavra, que nos ensina a verdade de que Jesus é Deus e, por isso, pode perdoar nossos pecados. Confessemos, pois, somente a Ele os nossos pecados, porque “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1.9).