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Jesus, o Filho de Deus

A doutrina da divindade de Cristo, ainda que bastante clara nas Escrituras, traz certa confusão para alguns. Visto que essa é uma doutrina crucial à fé cristã, ela precisa ser abraçada de acordo com a revelação de Deus.

Antes de qualquer coisa, devemos aceitar o fato de que Jesus mesmo se fez igual a Deus. Em João 10:30, quando Ele disse: “Eu e o Pai somos um”, os judeus tentaram apedrejá-l’O, e a razão disso está clara no texto, na seguinte declaração dos judeus: “Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10.33). Os judeus entenderam perfeitamente o que Jesus quis dizer. Para eles, já que Jesus era um mero homem, ao declarar que era igual a Deus, estava cometendo o pecado de blasfêmia, o qual deveria ser punido com apedrejamento.

Pelo que sabemos, a dificuldade de muitos em aceitar a divindade de Cristo nasce do fato de Jesus ser chamado Filho de Deus. Se Ele é Filho, pensam, é porque foi gerado ou criado pelo Pai. E, se for este o caso, Ele não é eterno. Além disso, os adeptos das seitas, que nascem do uso de textos fora de contexto, gostam de citar João 14.28, onde Jesus diz que o Pai é maior do que Ele, o Filho.

Sabemos que uma determinada forma de interpretação bíblica está indo na direção errada quando ela entra em conflito com outros textos das Escrituras. Muitas vezes, por falta de disciplina e de recursos para testar um ensino à luz de toda a Bíblia, pessoas podem abraçar determinados conceitos que, na superfície, parecem bíblicos, contudo, quando examinados cuidadosamente à luz de toda a revelação divina, mostram-se contrários à sã doutrina.

A Bíblia ensina que o Filho assumiu, voluntariamente, uma posição menor que o Pai por ocasião da Sua encarnação. Paulo declara que Cristo Jesus, embora sendo Deus, não se apegou a esse fato como uma razão para evitar Sua humilhação. Ao contrário, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se homem, humilhando-se a Si mesmo e sendo obediente até à morte e morte de cruz (cf. Filipenses 2:6-8).

É nessa condição de servo sofredor que o Filho é menor que o Pai. Ao se fazer homem, o Filho de Deus se rebaixou a uma condição em que resolveu abrir mão do uso independente dos Seus atributos divinos. Todavia Sua voluntária submissão ao Pai não significa que os dois não tenham a mesma essência, pois, em João 14:9, Jesus perguntou a Felipe: “… há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.9). A submissão do Filho não atesta Sua inferioridade em relação ao Pai, mas, Seu imenso amor por nós. Foi nesse misterioso e misericordioso projeto de encarnação do Filho que se nos abriu o caminho para a vida eterna. Paulo, em Gálatas, afirma: “… vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4.4–5).

Jesus Cristo é Deus que se fez homem, para trazer os homens de volta a Deus. Crer que Jesus é Deus é parte essencial do verdadeiro evangelho, afinal, disse Jesus: “… se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados.” (João 8.24)

Portanto, “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (Atos 16.31).

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).