Listen

Description

A missão resgate do Filho do Homem

“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” (Lucas 19.10)

São muitas as tentativas de explicar a pessoa e a missão de Cristo. Para alguns, Jesus veio para ser um exemplo moral, um sábio professor, um revolucionário ou um pacifista. Alguns gostam de pensar em Jesus como um ser iluminado que veio ao mundo para difundir a luz e a sabedoria transcendentais, uma vez que Ele seria um espírito evoluído.

Os homens podem propor suas teorias, mas, se querem seguir a explicação do próprio Cristo, terão que reconhecer que “o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. Quando o anjo informou a José acerca do nascimento do Filho de Deus, disse: “… e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles ” (Mateus 1.21). Sua missão seria salvar pecadores.

O termo “Filho do Homem” nos remete a uma antiga profecia no livro do profeta Daniel que identifica Jesus como o eterno e prometido Messias. Ao mesmo tempo, também enfatiza a humanidade de Cristo. O Filho do Homem veio, ou seja, desceu da glória, e se encarnou, e se humilhou, e se ofereceu como sacrifício com o propósito de buscar e salvar o perdido.

Buscar significa procurar, ir atrás, olhar atentamente, esforçar-se em favor de. Salvar significa preservar, resgatar, evitar de sofrer dano. A expressão “o perdido”, literalmente, significa aquilo ou aquele que está arruinado ou destruído. Assim, podemos explicar a missão de Cristo da seguinte maneira: O Messias se fez Homem e veio ao mundo a fim de procurar, diligentemente, o homem arruinado e resgatá-lo para Si.

O que Jesus está dizendo é que, se não fosse pelo estado de perdição dos homens, a Sua vinda perderia o propósito. Além disso, pode-se afirmar que, se os homens tivessem meios de resolver seu problema de perdição por si mesmos, a vinda do Filho de Deus teria sido em vão. Entretanto, de fato, os homens precisavam do resgate do Filho do Homem, pois o profeta Isaías diz: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam” (Isaías 64.6). Notemos bem: o profeta está dizendo que as nossas melhores obras, se feitas como obras de justiça, com o propósito de alcançar uma compensação pelos nossos pecados, aos olhos do Deus Santo, não são nada além de trapos de imundície. Desse modo, segundo as Escrituras, de nada valerá o nosso esforço para assegurar o nosso destino eterno, fazendo o bem ou nos empenhando para ser boas pessoas. É bom que façamos coisas boas em favor dos outros. No entanto, se as nossas boas obras ou boas intenções estão sendo feitas para ganhar o favor de Deus, estamos perdendo nosso tempo e pondo em risco a nossa eternidade. Nas palavras do profeta Isaías, estamos apenas empilhando trapos de imundície, que causam repulsa ao Deus santo. De fato, sem a missão de resgate idealizada por Deus, o Pai, e realizada por Deus, o Filho, a perdição eterna de todos os homens seria inevitável.

Há pessoas que não gostam de reconhecer sua pecaminosidade e seu estado de perdição. Acham-se suficientemente justas para serem consideradas perdidas, precisando ser achadas por Cristo. Isso é muito perigoso, pois quem se acha bom se coloca fora dos que podem ser alcançados pelo Filho do Homem, pois Jesus disse: “Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5.32).

Reconhecer-se pedido e carente de um resgate é humilhante certamente. Porém é o primeiro passo para ser encontrado e restaurado pelo Filho do Homem. O pecado nos destrói, contudo Cristo nos restaura.

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).