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O silêncio do SENHOR

“Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.” (Mateus 26.63)

O sumo sacerdote parecia impaciente. A condenação seria acelerada se o SENHOR falasse. Mas Jesus guardou silêncio. Salomão diz que “… há tempo de estar calado e tempo de falar…” (Eclesiastes 3.7). Para Jesus, era tempo de ficar calado.

Como os Evangelhos nos mostram, Jesus nem sempre guardava silêncio. Mas, agora, nos Seus últimos momentos, diante de um tribunal injusto no qual a condenação havia sido pré-determinada, sem que Ele tivesse a chance de se defender por meio da verdade, Jesus resolve ficar calado.

Enquanto ainda havia oportunidade de diálogo, Jesus falou, e falou claramente, mostrando a incoerência no raciocínio dos Seus inimigos. Ele apresentou, por palavras e obras, provas incontestáveis de que Ele era o Filho de Deus. Não tendo de que se esconder, Jesus disse: “Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus” (João 8.46–47).

A disposição incrédula que motiva a rejeição da manifestação da glória de Deus aconteceu no passado e perdura no presente. “Se Deus existe”, dizem alguns, “faça isso ou aquilo”. Há os que chegam ao extremo de falar: “Se Deus existe, então que Ele mande um raio agora para me fulminar.” Deus, movido por Sua longanimidade, não se rebaixa ao ponto de atender ao sinal que Seus inimigos pedem. Por isso, muitas vezes, os blasfemos se dão por vencedores na luta contra Deus. E, assim, seguem firmes e irredutíveis na sua fé de que Deus não existe. Os que negam o valor da fé também dependem dela para manter suas convicções.

Alguns podem ficar se perguntando: “Por que Deus não dá ao insensato o juízo que ele está pedindo? Não seria uma forma eficaz de provar ao mundo que Ele é Deus?” Nossa resposta poderia começar com Salomão, em Provérbios 26.4: “Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia, para que não te faças semelhante a ele.” Em certa medida, quando uma pessoa se deixa provocar pelo insulto de um insensato, está também agindo com insensatez.

Deus não tem dúvidas acerca da Sua identidade nem precisa entrar em discussão para provar Sua existência. Por isso a Bíblia não começa com uma longa introdução mostrando provas da existência de Deus. A Bíblia começa com a pressuposição essencial de que Deus existe e vai direto ao ponto, dizendo: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1:1). A existência do Deus trino das Sagradas Escrituras é a pressuposição necessária para explicar o Céu, a Terra e tudo que neles se contém… “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” (João 1.3)

O crente parte de Deus, o descrente parte do nada. Faz sentido?

“Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos” (Salmo 19:1) Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Rm.11.36).

Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Para sermões e estudos dados na nossa igreja, visite o canal da IBBP no Youtube. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.