A batalha entre a luz e as trevas
Em João 1:5, encontramos estas impressionantes afirmações: “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (João 1.5). Esse versículo nos lembra de que vivemos em um mundo no qual existe uma acirrada batalha espiritual: a batalha entre a luz e as trevas. Por isso, João diz que, enquanto a luz continuamente resplandece, as trevas tentam ofuscá-la, porém não conseguem prevalecer. Na verdade, jamais conseguirão, pois as trevas subsistem apenas na ausência da luz.
O mundo natural odeia o vácuo, e o mesmo podemos dizer acerca do mundo espiritual. Não existe território neutro que não seja nem luz nem trevas. Jesus afirmou esse fato quando disse: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Lucas 11.23). Acenda a luz, e as trevas fogem; retire a luz, e as trevas prevalecerão imediatamente.
Reconhecendo que o mundo é um campo de batalha espiritual, devemos entender qual a nossa posição nesse conflito. Na sua primeira epístola, no capítulo 5, verso 19, João declara: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno”. Claramente, o apóstolo está ensinando que, no seu atual estágio de existência, o mundo está inundado de trevas. Paulo fala acerca do império das trevas, cujo imperador, evidentemente, é Satanás. O mundo jaz no maligno, porque o diabo, o deus deste século, age de todas as formas tentando evitar que a luz de Cristo resplandeça no coração dos homens. Na sua segunda epístola aos Coríntios, Paulo diz que “… o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4.4) No campo de batalha espiritual, o que o inimigo mais teme é a manifestação da luz do evangelho de Cristo no nosso coração. A razão é que, quando uma pessoa abraça verdadeiramente o evangelho de Cristo, seus olhos são abertos, e o resultado é maravilhoso: a pessoa experimenta imediata libertação do império das trevas e passa a pertencer ao reino da luz.
As forças que operam no mundo espiritual são infinitamente superiores à nossa capacidade de resistência. Naturalmente, como Paulo diz em Efésios, capítulo 2, somos escravos do pecado, dominados pelo espírito que atua nos filhos da desobediência e inclinados a fazer a vontade da carne e dos nossos próprios pensamentos. Por essa razão, somos, por natureza, filhos da ira, separados da luz de Cristo. Tentar superar esse domínio por nós mesmos será uma luta perdida. Mas, se nos voltarmos para Cristo e, humildemente, reconhecermos nossa triste condição e pedirmos que Ele nos salve, poderemos nos livrar da escravidão das trevas e experimentar pessoalmente a vitória da luz sobre as trevas.
A batalha é intensa; e a nossa força, pequena. Mas, se buscarmos a ajuda d’Aquele que é a luz do mundo, veremos, com alegria, a luz prevalecendo sobre as trevas. Afinal, Ele disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8.12).