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A verdadeira fonte de luz

​Nos séculos XVII e XVIII, desenvolveu-se na Europa um movimento cultural chamado Iluminismo. Resumidamente, o Iluminismo exaltava a supremacia da razão como um meio ideal para vencer os resquícios retrógrados da idade Média (como eles mesmo diziam), que também era chamada de “a idade das trevas”.

​Embora possamos entender e louvar o esforço humano em buscar o progresso da humanidade por meio do desenvolvimento científico e superação da superstição, infelizmente, os líderes iluministas foram com muita sede ao pote. Não se contentando com a condição de criaturas que, pela aplicação do método científico, poderiam refletir com maior nitidez a glória do Criador, os iluministas adotaram a opinião errônea de que a razão humana é uma fonte independente de luz capaz de libertar a humanidade do domínio das trevas.

​A ideia de funcionarmos como luzeiros neste mundo não é errada em si. É verdade que Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo”. No entanto, falando aos Seus discípulos, Ele também disse: “Vós sois a luz do mundo”. Essas duas afirmações não são contraditórias em si mesmas. Usando a linguagem da astronomia, poderíamos dizer que Jesus é um astro luminoso, enquanto nós somos astros iluminados. Aplicando esses conceitos de modo concreto, pensemos na relação entre o sol e a lua. O sol é um astro luminoso porque tem luz própria. A lua, por sua vez, é um astro iluminado porque sua luz não é própria, mas um reflexo da luz solar.

​Muitas vezes, nosso problema não é tanto o que fazemos, mas o modo como fazemos. Os iluministas, com sua disciplina, capacidade investigativa e defesa da razão, deixaram um importante legado para a humanidade. Infelizmente, à medida que se afastaram do Criador, a fonte da verdadeira luz, ficaram perdidos em seus raciocínios falaciosos até chegarem ao ponto no qual, em vez de dissipar as trevas, estavam trabalhando em seu favor.

​São profundamente tocantes as palavras de Davi em Salmos 36:9, onde está escrito: “Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz”. Curiosamente, esse salmo começa falando sobre aqueles que negam a existência de Deus, perdem todo discernimento, seguem por caminhos maus e se enveredam para as trevas da morte. A pessoa que teme ao SENHOR, ao contrário, quando decide estudar a criação e refletir sobre a realidade a sua volta, é capaz de reconhecer a benignidade do Criador revelada nas coisas criadas. Pensando dessa forma, jamais deixaremos de reconhecer que a fonte da vida está no SENHOR, de onde também nasce a luz que nos livra das trevas.

​Em Cristo, sim, temos a verdadeira fonte de luz. Quando nos aproximamos d’Ele, tornamo-nos espelhos da Sua glória.
​Você está se sentindo perdido? Precisa de discernimento para dar o próximo passo? Busque a Cristo e você terá toda luz de que precisa, pois também está escrito: “Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame” (Salmos 34.5).