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E se não tiver jeito?

São as crises que revelam a autenticidade da nossa fé. Quando o barco da vida desliza sobre
águas calmas, não é difícil cantar: “Com Cristo no barco, tudo vai muito bem”. Na tranquilidade, na
saúde e na bonança, é fácil sentir-se bem e colocar Jesus na história apenas como uma cortesia
religiosa. Sem tempestades e sem ondas açoitando nosso barquinho, podemos cantar tranquilamente
“sou feliz com Jesus” e declarar que, “porque Ele vive, posso crer no amanhã”. Diante do quadro de
desespero, a pergunta que fica para os fervorosos adoradores do domingo à noite é a seguinte: Onde
está a certeza de que nada nos separará do amor de Cristo? Onde foi parar o “confiei em ti, fui
ajudado”? O que aconteceu com o Deus a Quem levantamos a voz e até as mãos para declarar que
“Grande é o SENHOR e mui digno de louvor… que nos ajuda contra o inimigo”. Vendo o
coronavírus fechar o cerco, “ainda confiamos em seu infinito amor?”.

Gostaria de estar enganado, mas parece que a nossa certeza em Cristo não está resistindo ao
vírus. Não estou dizendo, nem de longe, que devemos ser inconsequentes neste momento. Todas as
medidas de prudência e precauções recomendadas devem ser levadas a sério. Minha questão, no
entanto, é esta: E se o vírus furar o cerco e nos alcançar? E se o médico tiver que nos dizer que é
tarde demais para pensar em cura? Qual será nossa reação? Ainda poderemos dizer como Jó: “o
SENHOR o deu, o SENHOR o tomou, bendito seja o nome do SENHOR!”? Ou cairemos em
desespero como os demais que não têm esperança?

Dentre as muitas séries de pregações que fiz durante os anos de pastorado na Igreja Bíblica
Batista do Planalto, a série “As Maravilhas da Casa do Pai” nos marcou profundamente. Enquanto
preparava a igreja para ouvir sobre as grandezas do lar celeste, fiz uma longa introdução usando o
texto de João 14:1-4, onde o SENHOR Jesus declara: “Não se turbe o vosso coração; credes em
Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo
teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos
receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho
para onde eu vou”. Essas palavras foram proferidas quando já se aproximava o final do mistério
terreno de Jesus. Tendo sido avisados sobre a iminente partida de Cristo, os discípulos ficaram
tomados de profunda tristeza. Percebendo o abatimento dos discípulos, Jesus procurou mover seus
pensamentos para as maravilhas da nossa morada celeste. O ensino não é ambíguo, nem confuso.
Jesus não está falando de um estado de espírito, de uma sensação agradável, da imersão em um
estado de dormência da alma. Ele está falando de um lugar real para o qual os salvos serão levados
imediatamente, quando deixarem esta vida. “Se assim não fora, eu vo-lo teria dito”, afirmou Jesus.

Então? E se não tiver jeito? Bem, nesse caso, para os salvos em Cristo, o dilema se resolve
da melhor maneira: deixaremos o corpo para habitar com o SENHOR. Quando chegar o nosso
momento de enfrentar o último inimigo, quer ele venha por meio de um vírus ou de outra forma
qualquer, não vamos para esse confronto como perdedores. Pode ser que a luta se estenda por algum
tempo, mas a vitória é certa. Lutaremos, venceremos e louvaremos… “Porque Ele vive, posso crer
no amanhã”. O máximo que a morte pode fazer a um salvo em Cristo é lançá-lo nos braços do
SENHOR!

A grande questão é: “Você é um salvo? Quando a salvação chegou ao seu coração? Por que
você tem essa certeza?” Ficaria muito alegre se recebesse suas respostas a essas perguntas. Sou um
embaixador de Cristo e teria imenso prazer em encaminhá-lo ao meu Senhor e Rei! Você não
gostaria de conhecê-l’O? Aproveite a oportunidade e descanse em paz, cantando com o coração:
“Nada, nada poderá me separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor”.