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Vencido pela cobiça

“Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata. E, desse momento em diante, buscava ele uma boa ocasião para o entregar” (Mt 26.14–16).

A palavra de Deus fala bastante sobre o poder da cobiça. Na epístola de Tiago, lemos sobre a nossa própria cobiça, que nos atrai e seduz (Tiago 1:14), e, uma vez que mordemos a isca, a corrida do pecado não pode mais ser interrompida.

O nosso texto fala de Judas Iscariotes, o exemplo máximo de cobiça material de que se tem notícia na história humana. Na sua mente gananciosa, havia apenas uma preocupação: “Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei.”

Em João 6, quando Jesus dispersa a multidão interesseira, Ele conclui afirmando: “Contudo, há descrentes entre vós”. Logo em seguida, João comenta essas palavras de Cristo dizendo: “Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair” (Jo 6.64). Apesar disso, Jesus manteve Judas ao Seu lado durante todo o Seu ministério. Permitiu que o traidor fosse contado entre os Seus amigos. Deu a Judas a oportunidade de “provar a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro” (Hebreus 6:5). Certamente, não há maior amor do que esse.

Quanto a Judas, sua intenção sempre foi tirar algum proveito. Seguindo os passos do falso profeta Balaão, Judas, também, “movido de ganância, se precipitou no erro” (Judas 11). Mas ele bem sabia que, traindo o Justo, transformando o Filho de Deus em moeda de troca, isso era uma terrível traição contra um amigo querido que só lhe tinha feito o bem. Mas o amor ao dinheiro falou mais forte. Judas só pensava em si mesmo.

A parte mais triste dessa história é saber que Judas tinha consciência de que Jesus era justo. Com seu pacto de traição, ele não imaginava que o final seria a morte do SENHOR. Ao longo dos anos, Judas nutria a falsa esperança de que seguir a Jesus era a fórmula para adquirir vantagens materiais. Mesmo sendo advertido quanto à loucura de ajuntar tesouros neste mundo, Judas não tinha o menor interesse nos tesouros celestes. Ele era imediatista e usurário. Por isso, vendo que suas expectativas gananciosas não iriam se materializar, Judas resolve deixar o barco; mas, antes, tenta lucrar alguma coisa. Talvez, na sua mente maligna, estivesse pensando: “Perdi três anos da minha vida seguindo Jesus. Ele não destruiu os romanos nem estabeleceu um reino visível e imponente. Essa aventura não vai dar em nada. Trinta moedas de prata é uma indenização modesta.”

A Bíblia afirma: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Timóteo 6.10). A trágica história de Judas é a comprovação dessa dura verdade. Trinta moedas de prata que comprometeram sua eternidade.

Judas ouviu o próprio Jesus dizer: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Marcos 8.36). Infelizmente, essa advertência do SENHOR não encontrou lugar no coração de Judas. Sua morte foi trágica, sua eternidade está sendo terrível. O proveito foi pequeno, a perda, imensurável.

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos11.36).

Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Para sermões e estudos dados na nossa igreja, visite o canal da IBBP no Youtube. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.