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A história de Ester (1): A esperança renovada pela fidelidade de Deus

Repleta de sabedoria divina, inerrante nos seus ensinos e suficiente no seu poder, a Palavra de Deus é o melhor guia em qualquer situação em que nos encontremos. Em tempos de paz, ela nos prepara para a guerra; em tempos de guerra, ela nos mostra o caminho da vitória. Por isso, o salmista declara: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!” (Salmos 119.97).

Nos próximos dias, enquanto ainda estivermos cercados pelas ameaças da COVID-19, quero convidá-lo a meditar numa maravilhosa história do Antigo Testamento que aconteceu no quarto século antes de Cristo, na corte de um rei persa que, no texto bíblico, é conhecido pelo nome de Assuero. Se você tem alguma familiaridade com as histórias bíblicas, provavelmente já compreendeu que estamos falando da história da rainha Ester.

Posso imaginar que você esteja perguntando: “O que tem a ver a história de Ester com a epidemia do coronavírus?” Essa é uma boa pergunta que será respondida à medida que estudarmos esse maravilhoso livro da Escritura. Por enquanto, considere comigo alguns pensamentos introdutórios.

Estamos vivendo dias em que o medo, como diz a Escritura, continua causando tormento. Pouco a pouco, novos fatores começam a entrar na equação, e os impactos da pandemia começam a cruzar as fronteiras da medicina e ameaçam a economia mundial. As autoridades, agora, lidam não apenas com a crise na saúde pública, mas também com o enfraquecimento das cadeias produtivas, que podem resultar em perigos iguais ou até piores do que os que estão sendo disseminados pelo vírus em si.

À medida que a sociedade recebe nova onda de más notícias, a alma se enfraquece, e o corpo adoece. O medo do futuro pode tornar as pessoas predispostas à contaminação pelo temido vírus. A medicina reconhece e lida com as chamadas doenças psicossomáticas. São males e desconfortos físicos que não podem ser detectados por meio de exames laboratoriais ou de imagem, porque não têm origem no corpo. A pessoa sofre dores reais, mas o médico não consegue aplicar um analgésico porque, em termos físicos, tudo parece normal. Estes são os casos em que o corpo está apenas refletindo a dor do espírito. É quando a enxaqueca pode ser um reflexo do medo; e a fibromialgia, reflexo de um espírito triste e de um coração sem esperança.

O livro de Ester não revela a fórmula da vacina para o coronavírus, nem um programa de recuperação para uma economia estagnada pela epidemia. Mas traz a mensagem da verdadeira esperança, que nasce nos nossos corações quando, por meio da história de Ester e de seu primo Mordecai, percebemos que podemos nos apegar ao Deus fiel, que nos guarda, protege-nos e nos livra, mesmo quando somos infiéis. Essa é uma notícia maravilhosa que, se penetrar no nosso coração, vai acalmar a alma e fortalecer o corpo, pois, em Provérbios 15:30, o SENHOR diz: “O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos”.

Que as boas novas acerca do SENHOR, que age na história de Ester, fortaleça seu coração e seus anticorpos.