A história de Ester (6): A história do mal e a vitória do bem
De volta à história de Ester, espero que todos tenham sobrevivido ao suspense deixado na última mensagem. Como vimos, Hamã, o terrível vilão que planejou o extermínio de todos os judeus, é descendente de um rei chamado Agague, que governava sobre um povo conhecido como amalequitas. Agague foi despedaçado pelo profeta Samuel, que fez isso cumprindo uma ordem do SENHOR. Hamã, o agagita, conhece sua história familiar e, agora, cerca de 500 anos depois, ele está pronto para se vingar, manipulando o rei da Pérsia para decretar uma “solução final” para os judeus.
A Bíblia ensina que, desde o Éden, o mal foi introduzido na boa criação de Deus e seguirá assim, até que Cristo, na Sua segunda vinda, esmague, sob os Seus pés, a antiga serpente (Rom. 16:20). Contudo, desde a queda do homem, a história é um reflexo da batalha épica que se processa nas regiões celestes, onde Satanás e seus anjos planejam suas artimanhas malignas para sabotar os projetos de Deus, especialmente, o plano do SENHOR de enviar Seu Filho para nos libertar do reino das trevas. E, por causa do programa maligno que avança por meio dos homens, ao longo dos séculos, o diabo sempre agiu para destruir os descendentes de Abraão, pois, desses, viria o Salvador.
Foi assim que, quando Israel seguia para a terra prometida, conforme lemos em Êxodo, os amalequitas, descendentes de Esaú, resolveram atacar Israel. Por causa disso, Deus amaldiçoou Amaleque e, em Deuteronômio 25:17-19, está escrito que Israel deveria exterminar essa nação. Só que Israel não obedeceu ao SENHOR e, agora, à época de Ester, um descendente de Amaleque se levanta para executar o plano da serpente: exterminar a nação por meio da qual viria o Libertador, o SENHOR Jesus Cristo.
Por causa do contínuo ressurgir do mal através dos séculos, existe uma ideia de que a guerra entre o bem e mal é eterna. Como em muitas produções cinematográficas que retratam um super-herói justo combatendo malignos e poderosos inimigos, muitas pessoas acreditam que a batalha espiritual não tem um final definitivo, apenas tréguas temporárias e enganosas.
De fato, Salomão diz que “é grande o mal que pesa sobre o homem.” (Eclesiastes 8.6). Porém isso não significa que, para sempre, estaremos sobressaltados ante a próxima investida do maligno. A verdade é que a vitória já foi decretada e, em escala limitada, já está em andamento. O último inimigo, a morte, um trunfo que se encontrava nas mãos do maligno, já foi derrotado. A maldade pode até, como na história de Ester, levantar-se imponente e avançar sobre nós como se não restasse esperança. A verdade, todavia, é que “muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra.” (Salmos 34.19).
O plano de Hamã não prevaleceu. No final, ele terminou morrendo na forca que preparara para Mordecai.
Se nossa fé estiver no SENHOR, não precisaremos temer o mal. Ainda teremos alguns embates, mas, como quem assiste à gravação de uma competição passada, não interessa se a equipe adversária estiver se distanciando na pontuação. Em algum momento, sabemos que o nosso time vai virar o jogo e receberemos o troféu. O SENHOR está lutando por nós. O final feliz já está escrito. Logo, logo, vamos gritar de alegria e correr para o abraço.