A história de Ester (12): Uma grande e inesperada mudança
Quando estamos sob o peso da provação, muitas vezes, esquecemos que Deus pode fazer as coisas mudarem repentinamente. Mesmo que estejamos sob a mais ferrenha opressão, ainda assim, haverá esperança, pois, quanto ao SENHOR, “todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel 4.35).
A partir do capítulo 5 do livro de Ester, quando o enredo atinge seu clímax, os eventos vão seguir em outra direção, e o foco da narrativa vai ser transferido de Mordecai para Ester que, agindo com admirável cautela, vai conseguir reverter o projeto de genocídio dos judeus que foi elaborado por Hamã e sancionado pelo rei Assuero. Sentindo-se como uma ovelha lidando com lobos, Ester será bem sucedida porque, no seu agir, manifesta a prudência das serpentes e a simplicidade das pombas, refletindo o conselho que Jesus dará aos Seus discípulos em Mateus 10:16.
Não podemos deixar de admirar a coragem da rainha Ester ao decidir pôr em risco a própria vida em favor do seu povo, no entanto, para que a história tomasse novo rumo, era preciso que determinadas coisas ocorressem que, mesmo agindo com a mais reconhecida prudência, Ester jamais poderia fazê-las acontecer. É o caso, por exemplo, da providencial insônia do rei Assuero, registrada no capítulo 6. Se o rei tivesse conseguido dormir, a história teria tido um final muito diferente. Olhando por esse ângulo, não é difícil confirmar que, mesmo que o nome de Deus não apareça no livro, Sua mão está conduzindo cada pequeno detalhe. Realmente, como disse Nabucodonosor, o grande imperador babilônico, é o SENHOR que, “segundo a sua vontade, opera com o exército do céu e os moradores da terra.”
Desde que o mundo foi atingido pela COVID-19, temos a sensação de que a vida saiu dos trilhos. Entre fatos e boatos, o pânico desabou sobre todas as pessoas. Somando os que morreram por causa do vírus com os que morreram por causa do medo, os números são significativos. E, para piorar, sabemos que projetos malignos que lucram com o desespero das pessoas foram e estão sendo tramados por homens poderosos.
Se no nosso horizonte, apenas pudermos enxergar o medo e a maldade dos homens, temos toda razão para ficarmos desesperados. Contudo, se conhecemos o Deus soberano das Sagradas Escrituras, podemos descansar no fato de que nem homens maus, nem vírus letais assumirão o controle do mundo. O Deus eterno continua onde sempre esteve: no Seu alto e sublime trono como foi descrito pelo profeta Isaías.
À luz das Escrituras, podemos afirmar, com certeza, que o SENHOR fala por meio das calamidades, que servem para mostrar a nossa fragilidade. Quando Pedro, na sua fraqueza, começou a submergir não hesitou em clamar: “Salva-me, Senhor!” E, de acordo com o relato do evangelista Mateus, “prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (Mateus 14.31).
Não sabemos que mudanças grandes e inesperadas podem acontecer neste momento de crise mundial. Entretanto, uma mudança Deus quer fazer em você: levá-lo ao ponto de colocar sua fé somente n’Ele e descansar no Seu poder salvador, independentemente do que nos possa acontecer. Se o medo do vírus impulsioná-lo a clamar ao SENHOR, uma mudança grande e repentina poderá acontecer na sua vida, e, depois, você será grato a Ele pela provação da pandemia.